Pedro Sousa torna-se número um português no ranking liderado por Novak Djokovic
Pedro Sousa tornou-se esta segunda-feira no número um português no ranking mundial de ténis, ultrapassando João Sousa, que caiu para o 113.º posto da hierarquia liderada pelo sérvio Novak Djokovic.
O tenista lisboeta, que garantiu o estatuto de número um nacional com uma vitória na segunda ronda do challenger 3 de Oeiras, frente ao holandês Botic Van de Zandschulp, por 6-3 e 6-2, manteve-se na 111.º posição, ao passo que o vimaranense foi derrotado no primeiro encontro do quadro principal em Lyon e desceu três lugares na tabela mundial.
Frederico Silva subiu mais um degrau na hierarquia, alcançando a melhor posição da carreira, com o 168.º posto, ao passo que João Domingues se manteve na 226.ª posição e Nuno Borges, graças à presença nos quartos de final do challenger 3 de Oeiras, trepou 21 lugares para figurar como 275.º classificado.
Numa semana sem alterações no top 10 do ranking ATP, e em vésperas de iniciar o segundo major da temporada, Roland Garros, Djokovic, de 33 anos, continua na liderança, logo seguido do russo Daniil Medvedev e do espanhol Rafael Nadal, que vai defender o título e tentar a 14.ª vitória em Paris.
Também o ranking feminino não apresenta, esta semana, qualquer alteração entre as 10 primeiras. A australiana Ashleigh Barty lidera a hierarquia, à frente da japonesa Naomi Osaka e da romena Simona Halep.
"Não muda em nada a minha vida e não era um dos grandes objetivos que tinha para a minha carreira. Não me fez grande diferença até agora. Se calhar, por estar a passar uma fase não tão boa, não dou muito valor a essa situação", comentou o atleta do Club Internacional de Foot-ball, em declarações à Lusa.
Além de assegurar que "preferia estar a número dois, como em outras épocas, a jogar a bom nível e a fazer bons resultados", Pedro Sousa confessa não sentir "maior responsabilidade", até porque "o mais importante é voltar ao nível dos últimos anos, sobretudo do ano passado", e é com isso que diz estar "preocupado".
"Sinto que não tenho nada a provar a ninguém, seja como número um, dois ou três. Tenho de dar o meu melhor e tentar fazer as coisas o melhor possível e essa responsabilidade não é fácil. Sei que, às vezes, cometo erros, mas essa responsabilidade existe sempre, mesmo não sendo número um", frisa, lamentar só não ter alcançado tal feito "na semana em que o João [Sousa] teve o seu melhor ranking, porque assim já teria sido top-30".