Pedro Carneiro fundou e lidera orquestra com forte vertente social
Em 2015, a Orquestra de Câmara Portuguesa propôs-se percorrer as sinfonias que Schumann e Brahms escreveram - oito "monstros" do repertório afrontados por uma orquestra de jovens. Hoje é a vez das "n.º 3". Num camarim, manhã cedo, Pedro Carneiro explica-nos co- mo um jovem percussionista muito requisitado internacionalmente começou a dedicar mais e mais tempo à direção: "na verdade, já vem dos meus tempos na Guildhall School [Londres]: fiz lá uns cursos livres e depois tive aulas em Milão com Emilio Pomarico".
Até que, em 2007, aparece a Orquestra de Câmara Portuguesa: "demorei muito tempo até vestir o "casaco" de chefe de orquestra, mas na verdade nunca senti necessidade de fazer uma escolha entre ser percussionista e ser maestro, porque são coisas demasiado distintas". E depois, "gosto demasiado de tocar e do lado oficinal paralelo da minha atividade" - e fala de uma obra que o japonês Atsuhiko Gondai (n. 1965) está a escrever para ele e que envolve acrescentar lâminas (e notas) no registo extremo grave da marimba, que é um dos seus instrumentos de eleição.
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"O meu trabalho na direção ajuda-me a tocar melhor e vice-versa, essas coisas refletem-se umas nas outras, e também dos projetos sociais em que a OCP está envolvida vem esse reflexo [Cerci Oeiras e Bairro 6 de Maio, no mesmo concelho]". Projetos esses que "muito possivelmente serão reforçados em 2016". Há ainda um projeto envolvendo músicos amadores e a formação da Orquestra Académica da Universidade de Lisboa.
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