Pedra, cerâmica e vidro dão cartas no mundo

O grande consumo energético é uma das fraquezas deste setor, que conta com marcas e empresas de notoriedade mundial.
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No atual contexto económico, uma análise flash aos principais setores de atividade da economia, focando ameaças, oportunidades, fraquezas e forças, apontando tendências. Retrata o desempenho de 2020 face a 2019.

No diagnóstico, analisando os pontos fortes e oportunidades salienta-se que a ligação a cadeias de valor com crescimento na pandemia (construção-lar, alimentar), permitiram uma resultante positiva de crescimento de 1% no volume de negócios, tendo a notoriedade dos seus produtos permitido um aumento da sua quota nas exportações para 1,18%, com destaque para a cerâmica que passou a ocupar a 12ª posição mundial em 2020, subindo um lugar.

O peso nas exportações de bens de Portugal em 2020 teve um ligeiro aumento para 3,1% (3% em 2019). Contributo muito negativo para a balança comercial, mas que foi menos desfavorável, de -137,2% das exportações em 2020 passou a ser de -133,6% em 2019.

A taxa de margem de segurança de 10,4% em 2019, conjugada com um aumento do volume de negócios em 2020 e um tempo de paralisação crítico de rutura de tesouraria de três meses, indicam capacidade de resiliência ao meio ambiente adverso de recessão.

A cobertura do capital alheio remunerado em apenas 2,8 anos de EBITDA recorrente extrapolado, manifesta um risco financeiro baixo.

As empresas com risco de incumprimento de pagamentos baixo representavam no final de 2020, 41% do total das empresas.

Como pontos fracos e ameaças, destaca-se em 2019, o forte consumo energético de 64 euros por cada mil euros de valor da produção, apesar da sua diminuição de -5,2% em 2019 e as externalidades negativas existentes.

No prognóstico, salientam-se as potencialidades que se manifestam em marcas de empresas portuguesas ou na notoriedade da qualidade dos produtos portugueses. Em termos de vulnerabilidades destacam-se as fragilidades inerentes aos impactos ambientais desfavoráveis, pelo forte consumo energético, que implica um aumento da eficiência energética, como também pelas ameaças nos espaços de extração de matérias-primas.

Volume de Negócios-Exportações, Quotas mundiais, Risco (IBERINFORM | Fonte: ITC, INE)

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