Parlamento aprova na generalidade todos os diplomas sobre o Estatuto do Bailarino
O projeto do PCP, para a criação do Estatuto do Bailarino Profissional da Companhia Nacional de Bailado e a Escola de Dança da Companhia Nacional de Bailado, foi aprovado com votos favoráveis, além da sua bancada, de BE, PEV e PAN e a abstenção do PS, PSD e CDS.
Com idêntica votação foi aprovado o projeto do BE que pede a criação de um regime de Segurança Social, reinserção profissional e seguro de acidentes de trabalho para os bailarinos da Companhia Nacional de Bailado.
Aprovado foi também um diploma conjunto do PSD/CDS-PP que defende a formação profissional e académica dos bailarinos e a creditação de experiência profissional e formação académica, no âmbito do ensino superior. O diploma mereceu votos favoráveis das bancadas proponentes, do PEV e do PAN e abstenção das restantes.
Também aprovado foi o projeto d' Os Verdes, que propõe o acompanhamento clínico e a reabilitação do bailarino, com a celebração de acordos e protocolos entre as entidades seguradoras e as empregadoras e o estabelecimento de pensões por incapacidade permanente absoluta para o trabalho habitual ou por incapacidade permanente parcial.
Este projeto teve a abstenção do PSD e CDS e votos favoráveis das restantes bancadas.
Durante o debate, na quarta-feira, o PS apontou para a necessidade de acautelar "encargos financeiros" da aprovação do Estatuto do Bailarino Profissional, provocando protestos de PCP e PEV, que "nem queria acreditar no que estava a ouvir".
Em outubro do ano passado, foi anunciada a criação de um Grupo de Trabalho para discussão do Estatuto do Bailarino Profissional da Companhia Nacional de Bailado, entre o Ministério da Cultura, o CENA - Sindicato dos Músicos, dos Profissionais do Espetáculo e do Audiovisual, e a Comissão de Bailarinos da Companhia Nacional de Bailado.
Na altura, o Ministério da Cultura disse à agência Lusa não haver "previsão de uma data para a conclusão dos trabalhos".
O estatuto do bailarino, uma reivindicação de vários anos, fazia parte do caderno reivindicativo para 2017 que os sindicatos do setor da Cultura apresentaram aos deputados, no parlamento.