Para os chefes das equipas não há dúvidas: Hamilton é o melhor da F1

Inglês, que perdeu o título mundial para Nico Rosberg, voltou a ganhar nas escolhas dos diretores pelo terceiro ano seguido.
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Enquanto Nico Rosberg vai cumprindo o seu programa social de pós-coroação como novo campeão do mundo, Lewis Hamilton ainda tenta digerir o título perdido e a atribulada relação com a equipa Mercedes, que se deteriorou bastante na corrida decisiva do campeonato, em Abu Dhabi. Ontem, no entanto, o inglês recebeu um afago no ego e foi considerado, pela terceira época consecutiva, o melhor piloto da Fórmula 1, pelos chefes das 11 equipas.

Se, em pista, o terceiro título seguido (e quarto no total) lhe fugiu por escassos cinco pontos, na votação anual levada a cabo pelo jornal especializado AutoSport a vitória foi esclarecedora, com Hamilton a recolher ainda mais cinco pontos do que na temporada passada: 234, com uma vantagem de 51 pontos sobre o segundo classificado, que foi o jovem holandês Max Verstappen, da Red Bull. O novo campeão do mundo, Nico Rosberg, foi apenas a terceira escolha dos diretores das 11 escuderias do mundial de F 1.

A votação respeita o sistema de pontuação da própria competição, com 25 pontos atribuídos ao primeiro classificado, 18 ao segundo, 15 ao terceiro e por aí fora (12-10-8-6-4-2-1) até ao 10.º lugar.

De um total máximo possível de 275 pontos, Hamilton colecionou 234, contra 183 de Verstappen, que na época passada tinha sido 4.º nesta eleição, e 176 de Rosberg, que manteve o terceiro lugar. O australiano Daniel Ricciardo (Red Bull) foi quem ganhou mais crédito junto dos chefes das equipas em relação a 2015, tendo subido cinco lugares, até ao quarto (133 pontos). Sebastian Vettel (desceu três), Fernando Alonso, Kimi Raikkonen, Sergio Perez, Valtteri Bottas e Carlos Sainz Jr. completam o top 10.

Esta eleição vem por certo reforçar a sensação de vitória moral para o inglês, que no final do campeonato já dissera sentir-se o melhor e culpou as falhas técnicas do carro, em momentos como o do GP da Malásia, pelo título perdido. Ainda a digerir a derrota - e a guerra com a Mercedes, que o recriminou pela sua tática para tentar atrasar Nico Rosberg na corrida decisiva -, Hamilton retirou-se cedo de uma sessão de testes marcada com a Pirelli, terça-feira, por "não se sentir bem", explicou a escuderia alemã.

Rosberg elogia o britânico

Quem quer pôr já a polémica rivalidade da época para trás das costas é o campeão Nico Rosberg. Numa entrevista à BBC, o alemão disse que "não faz sentido continuar a discutir" a tática de Hamilton nas últimas voltas de Abu Dhabi. "Eu compreendo-o, ele queria ganhar o título, mas isso já é passado. Viremos a página", disse Rosberg, que elogiou o colega e rival de longa data: "É um piloto extraordinário, um dos melhores de sempre. É muito difícil ganhar-lhe."

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