Papa recorda extermínio nazi de ciganos

O papa convidou hoje a Europa a não esquecer a dor "muito pouco reconhecida" do extermínio dos ciganos nos campos nazis e a protegê-los de todas as 'afrontas' no futuro, num encontro histórico no Vaticano.
Publicado a
Atualizado a

Bento XVI convidou ao mesmo tempo os ciganos a olharem o futuro com confiança e a escreverem "uma nova página da história em conjunto" com a Europa.

O assassínio em massa sob o nazismo é "um drama ainda pouco reconhecido", disse o papa, lembrando os "milhares de mulheres, homens e crianças mortos de modo bárbaro nos campos de concentração".

"A consciência europeia não pode esquecer uma dor assim. Que nunca mais o vosso povo seja alvo de afrontas, assédio e desprezo", declarou.

Perante cerca de 2.000 representantes de comunidades ciganas reunidos na Sala Paulo VI, entre os quais muitos jovens, Bento XVI sublinhou que "a Europa, que reduz as suas fronteiras e considera uma riqueza a diversidade dos povos e das culturas, oferece novas possibilidades".

"Os vossos filhos têm direito a uma vida melhor", insistiu.

"Dêem vocês também a vossa colaboração efectiva e leal para que as vossas famílias se insiram dignamente no tecido civil europeu", adiantou.

Os representantes dos ciganos e outros nómadas deslocaram-se a Roma para assinalar o 150.º aniversário do nascimento do cigano de origem espanhola Zeffirino Gimenez Malla, beatificado por João Paulo II em 1997.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt