PAN: partido do deputado único é agora partido do homem único

O PAN passou de um para quatro deputados: um homem (André Silva, reeleito) e três mulheres. O DN explica-lhe quem são.
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Dois eleitos por Lisboa (um homem, André Silva, e uma mulher, Inês Sousa Real); uma eleita por Setúbal (Cristina Rodrigues); outra eleita pelo Porto (Bebiana da Cunha). O Pessoas-Animais-Natureza (PAN), agora com três mulheres em quatro deputados eleitos, tornou-se no partido parlamentar percentualmente mais feminino: 75%.

As listas de candidatos do PAN às legislativas de domingo já apresentavam uma maioria de 164 mulheres face a 129 homens, mas eram minoritárias entre os 22 cabeças de lista: apenas nove em 22.

Contados os votos, o PAN elegeu as cabeças de lista pelo Porto e por Setúbal, além da segunda candidata por Lisboa.

Bebiana Cunha, 33 anos, natural do Porto, é licenciada em psicologia e mestre em relações intergeracionais, tendo participado em diversos projetos sociais e com destaque para a iniciativa "Limpar Portugal".

Psicóloga na Escola Superior de Artes e Design (ESAD) de Matosinhos, deputada na Câmara Municipal do Porto, Bebiana Ribeiro da Cunha já tinha concorrido às eleições europeias de maio passado (em segundo lugar na lista).

Bebiana aderiu ao PAN em 2011. Assumindo-se "desde muito cedo" como ativista em defesa dos "direitos humanos e dos animais", a escrever no jornal da escola e a participar em movimentos e associações cívicas, estudou em Coimbra e no Porto. Igualdade de género, defesa das vítimas de violência doméstica e trabalho são três áreas pelas quais se bate.

Cristina Rodrigues, 34 anos, advogada e mestre em Ciências Jurídico-Empresariais. Chefe de gabinete de André Silva no Parlamento durante a última legislatura, entrou no PAN em 2014 e também concorreu às eleições europeias deste ano.

Segundo a sua nota biográfica no 'site' do partido, Cristina Rodrigues - que foi técnica de apoio à vítima e defensora pro-bono de vítimas de violência doméstica - também tem uma pós-graduação em Direito dos Animais, o Curso Intensivo de Direito (do) Animal e o Curso de Formação Avançada em Direito Agrícola e Sustentabilidade.

Advogada do grupo de defesa dos animais Intervenção e Resgate Animal (IRA), já investigado pela PJ por suspeitas da prática de crimes violentos a que Cristina Rodrigues foi associada numa reportagem da TVI, a nova deputada apenas confirmou ser advogada do IRA.

Inês Sousa Real, 39 anos, é jurista na Câmara Municipal de Sintra desde 2006 e chefe da divisão de execuções fiscais e contraordenações desde 2015. Em 2017 foi eleita deputada municipal por Lisboa.

Entrou em 2011 para o PAN, tendo presidido ao conselho de jurisdição nacional até 2013. Neste ano tornou-se uma das fundadoras da associação Jus Animallum, de Direito Animal. Segundo o Expresso, é militante n.º 45 do PAN e ajudou o líder, André Silva, a preparar-se para os debates televisivos.

Licenciada em Direito com especializações em Ciências Jurídico-Políticas e Contencioso Administrativo, mestre em Direito Animal e Sociedade pela Universidade Autónoma de Barcelona, Inês Real foi provedora dos animais na autarquia de Lisboa entre 2014 e 2017.

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