Pai de assassino acusado de crime
Quando decidiu protagonizar uma matança na sua antiga escola, Tim Kretschmer, de 17 anos, não hesitou: entrou no quarto do pai e roubou a pistola Beretta que este ali guardava. Depois, dirigiu-se ao colégio de Winnenden, uma aldeia perto de Estugarda, e disparou. O balanço foram nove alunos e três professores mortos. O rapaz acabou por se suicidar, não sem antes causar outras três mortes durante a sua fuga. Agora, o seu pai, Jörg Kretschmer, é acusado de 15 homicídios, por ter mantido a arma ao alcance do filho adolescente.
"Acusamos o pai de ter voluntariamente permitido os factos cometidos pelos seu filho ao guardar a arma do crime, uma Beretta 92 FS e as respectivas balas, contra os regulamentos em vigor no que diz respeito ao porte de armas", afirmou o Ministério Público de Estugarda em comunicado citado pela agência AFP.
Além da Beretta 92 FS, Jörg Kretschmer possuía outras 15 armas. Mas essas encontravam-se dentro de um armário fechado à chave.
O tribunal de mais alta instância de Estugarda, encarregue de prosseguir com este caso na justiça, deverá determinar se o pai de Tim dispunha de informações suficientes e de indícios concretos para lhe permitir determinar o perigo que o seu filho representava para a sociedade. O adolescente já sofria de depressão e estava a ser seguido pelo médico.