Os quatro senhores filarmónicos

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O ciclo de música de câmara da Fundação Gulbenkian tem hoje (19.00) um dos seus momentos mais altos com a apresentação, no Grande Auditório, do Philharmonia Quartett Berlin. No programa, três obras o Quarteto n.º 74, em sol m, op. 74 n.º 3, O Cavaleiro (de 1793), de Joseph Haydn; o Quarteto n.º 4, em ré M, op. 83 (de 1949), de Dmitri Shostakovitch e o Quarteto n.º 2, em lá m, op. 51 n.º 2 (1865-73), de Johannes Brahms.

O Philharmonia Quartett Berlin (fundado em 1984) procede, como o nome indica, da Orquestra Filarmónica de Berlim de facto, constituem-no (e fundaram-no) os chefes de naipe dos violinos (primeiros e segundos), violas e violoncelos dessa orquestra, respectivamente, o polaco Daniel Stabrawa (concertino da orquestra desde 1986) e os alemães Christian Stadelmann, Neithard Resa e Jan Diesselhorst.

Do seu repertório fazem parte todos os grandes autores deste género instrumental, desde Haydn até Britten e Shostakovitch. As suas gravações já foram por diversas vezes galardoadas, tendo recebido um Prémio Echo Klassik em 2003 (os mais importantes prémios discográficos alemães).

Destaque neste recital para o IV Quarteto de Shostakovitch, um compositor de quem este agrupamento está a fazer a integral dos 15 quartetos nesta e na próxima temporada, aproveitando o próximo centenário do seu nascimento. Datado de 1949, numa época em que novamente se fazia sentir uma vaga repressiva estalinista contra os artistas soviéticos, foi retirado pelo autor de uma agendada estreia, por receios de represálias e difamações. Também existe numa versão para dois pianos.

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