Quarenta anos depois, o Dakar continua a ser "um desafio para os que vão, um sonho para os que ficam", como definiu o fundador Thierry Sabine em 1979. Com 11 participações e um segundo lugar no palmarés, Paulo Gonçalves é o mais credenciado dos 18 pilotos e copilotos portugueses que partem para esse 41.º desafio do rali Dakar. Uma edição que, pela primeira vez, se disputa num único país, o Peru, e cujo arranque está marcado para este domingo..Mas se o motard de Esposende volta ao mais importante rali de todo-o-terreno do mundo para tentar mais uma vez a vitória que lhe tem escapado, a grande maioria dos restantes portugueses vai "apenas" pelo prazer da aventura. Nove deles são estreantes no Dakar e dois vão mesmo competir na categoria mais radical da prova: a Original by Motul, que respeita o espírito original do rali que nasceu em África, há 40 anos (1979)..Fique a conhecer quem é quem, nesta apresentação da comitiva lusa que vai tentar sobreviver às exigentes dunas do território inca, ao longo de dez etapas que prometem um dos mais duros desafios do Dakar desde que a competição se mudou, há dez anos, para a América do Sul..Os "oficiais".Com o dorsal n.º 2, "Speedy" Gonçalves, como é conhecido o português da equipa oficial da Honda, parte para este Dakar como o mais experiente dos motards das equipas de elite em prova. Depois de ter falhado a presença na edição do ano passado, devido a lesões num ombro e num joelho durante um dos últimos treinos, o piloto de Esposende voltou a sofrer um susto de última hora e teve de ser operado de urgência para remoção do baço, no início de dezembro, devido a uma queda..No entanto, desta vez Paulo Gonçalves recuperou a tempo de participar no seu 12.º Dakar, no qual faz parte mais uma vez da equipa da Honda. Para Gonçalves, que além do segundo lugar em 2015 conseguiu já mais três top 10 e ainda três vitórias em etapas, esta é mais uma oportunidade para lutar pelo triunfo..Para isso, terá de interromper a hegemonia da KTM, que domina o Dakar há 17 anos consecutivos e procura esticar essa série até à "maioridade". Na equipa oficial da marca austríaca, que contempla os três campeões anteriores das motos - o australiano Toby Price (2016), o britânico Sam Sunderland (2017) e o austríaco Matthias Walkner (2018) -, além da espanhola Laia Sanz e do rookie argentino Luciano Benavides, surge também neste ano um nome português: Mário Patrão..O pluricampeão nacional de TT, que falhou a prova de 2018 devido a uma apendicite aguda, servirá em primeira instância como piloto de apoio aos três nomes fortes da equipa, mas o facto de fazer parte da equipa mais desejada do pelotão permite alimentar todos os sonhos. "Estou num lugar que é mágico, um sonho, e que tem um custo de cerca de 300 mil euros por ano. Estou com condições que são muito boas e que seriam difíceis de obter sozinho", reconhece o motard de Seia, que espreita o primeiro top 10 final, à sexta participação na prova, depois de em 2015 ter ganho a classe maratona (13.º lugar da geral)..Com uma mota da indiana Hero vai correr Joaquim Rodrigues, que na estreia em 2017 surpreendeu com um 10.º lugar. Cunhado de Paulo Gonçalves, surge neste Dakar depois de um grave acidente na segunda etapa da edição anterior, que lhe colocou em risco a carreira. Após passar por múltiplas cirurgias e uma longa reabilitação, Rodrigues, de 37 anos, regressou à competição em agosto e volta agora a testar-se no mais famoso rali do mundo. "Quando temos uma paixão é difícil afastarmo-nos", disse ao site oficial da prova..Já nos carros, onde Portugal não tem neste ano nenhum piloto em competição (há vários, sim, na recente categoria de SSV), o experiente navegador Filipe Palmeiro volta a fazer equipa com o chileno Boris Garafulic no interior de um Mini da X-Raid..Os repetentes.Fora das equipas oficiais de fábrica, mas já com alguma experiência no Dakar, uma mão-cheia de portugueses procura repetir as emoções da mítica prova de todo-o-terreno..Entre as motos, com uma KTM, surge desde logo um apelido de grande tradição no TT em Portugal. David Megre, familiar do pioneiro José Megre (primo do seu avô) - um dos primeiros portugueses a participarem no Dakar, em África, e fundador da Baja de Portalegre -, vai estar pela segunda vez na competição, depois de em 2017 ter abandonado na 5.ª etapa..Também repetente sobre as duas rodas é Fausto Mota, natural de Marco de Canaveses, mas radicado em Espanha, no País Basco. O facto de a maioria dos seus patrocinadores serem daquela região leva-o a correr a prova sob bandeira espanhola, pela quarta vez. Em 2018 foi o único motard português a terminar, em 43.º. Neste ano, espera levar a sua Husqvarna 450 até ao top 30..Nos SSV (side-by-side vehicle), conhecidos como buggys, volta a estar Pedro Mello Breyner (num Yamaha YXZ 1000 R Turbo), que no ano passado se tornou o primeiro português a competir nesta categoria introduzida em 2017..Aos 59 anos, com uma carreira longa no automobilismo que contempla duas participações nas 24 Horas de Le Mans, com os irmãos Manuel e Thomaz, Mello Breyner tenta completar pela primeira vez o Dakar, depois do abandono na estreia, em 2018. Neste ano conta com a ajuda de um navegador local, Javier Uribe, para facilitar a abordagem às dunas do deserto peruano, que compõem 70% do percurso..Nos camiões, temos os assíduos José Martins (ao volante de um DAF), português radicado em França e com 12 anos de experiência no Dakar, e Paulo Fiúza, na 13.ª participação, neste ano como mecânico do espanhol Alberto Herrero (MAN)..Os estreantes.À descoberta da grande aventura partem neste ano quase uma dezena de portugueses, entre as motos e os carros SSV. Destaque para a estreia de António Maio, nas duas rodas, grande dominador do campeonato nacional nos últimos quatro anos. Capitão da GNR, responsável por paradas a cavalo, o piloto de Borba, de 32 anos, vai finalmente montar a sua Yamaha nas areias do Dakar, depois de vários anos a tentar reunir as condições..Em estreia estará também um dos mais promissores valores do TT nacional, o luso-alemão Sebastian Buhler, de 24 anos, a correr sob bandeira do seu país natal. Tendo-se radicado em Portugal desde muito novo, foi a partida do Dakar de Lisboa, em 2006 e 2007, ainda na versão africana, que fez crescer em Buhler a ambição de um dia participar na prova. Presença habitual nas provas portuguesas, quer levar a sua KTM até à chegada a Lima, no dia 17, e "aprender o máximo possível"..Na categoria de SSV estreiam-se duas duplas lusas: Bruno Martins/Rui Ferreira (Can-AM X3 UTV) e Ricardo Porém/Jorge Monteiro (Can-AM Maverick). Campeão nacional em 2017, Bruno Martins viu a presença confirmada quase à última hora, convidado como "carro de apoio" da equipa BBR. Já Ricardo Porém, bicampeão português de TT em carros, optou também pela crescente categoria dos side-by-side para a primeira aventura no Dakar..Ainda nos SSV estará Miguel Jordão (Can-AM Maverick), um piloto leiriense que vai repetir a presença da família no Dakar, depois de o pai, Pedro, ter sido navegador na edição de 2003. Aos 28 anos, terá uma ajuda importante nesta estreia: a do copiloto brasileiro Lourival Roldan, que ganhou a primeira edição desta categoria, em 2017..Os maiores aventureiros.Competir no Dakar, seja em que condições for, é uma aventura extrema, mas a organização da prova mantém, anualmente, uma categoria dedicada aos espíritos mais aventureiros e que respeita a filosofia original do rali criado em 1979 pelo francês Thierry Sabine para ligar Paris à capital do Senegal, Dakar..A classe Original by Motul só admite um limite máximo de 30 motards que se lançam ao desafio de percorrer os 5000 km da competição sem assistência. Ou seja, vão por conta própria e são eles que, no final de (ou durante) cada etapa, quando chegam ao acampamento, têm de reparar as motas para o dia seguinte, podendo contar apenas com ajudas dos outros concorrentes da mesma classe, dentro do espírito de entreajuda que guiou as primeiras edições africanas do rali..É nessas condições que vão dois dos portugueses estreantes na edição deste ano do Dakar: Miguel Caetano e Hugo Lopes..Miguel é um empresário de restauração de 44 anos, apaixonado por motos desde criança, amigo de Bernardo Vilar (antigo participante do Dakar), para quem o "sonho de uma vida" se cumpre neste ano. "A vida é rápida e ou era agora que me sinto bem ou passava e continuava a ser um sonho para o resto da vida", disse ao DN, em novembro..Por fim, Hugo Lopes é um português radicado em Genebra, na Suíça, onde acumula a paixão pelas motas com as aulas que dá como professor primário. Aos 11 anos, foi vice-campeão suíço de motocrosse. Agora, aos 28, chega ao Dakar, que acompanhava religiosamente com o pai em criança, tendo financiado a sua presença através de uma campanha de crowdfunding..Dezoito nomes, 18 histórias diferentes a ligar Portugal ao Dakar deste ano..A lista dos portugueses.MOTOS Paulo Gonçalves (Honda) Mário Patrão (KTM) Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) David Megre (KTM) Fausto Mota (Husqvarna) António Maio (Yamaha) Sebastian Bühler (KTM) Hugo Lopes (KTM) Miguel Caetano (KTM).CARROS Filipe Palmeiro, copiloto (MINI).CAMIÕES José Martins (DAF) Paulo Fiúza, mecânico (MAN)
Quarenta anos depois, o Dakar continua a ser "um desafio para os que vão, um sonho para os que ficam", como definiu o fundador Thierry Sabine em 1979. Com 11 participações e um segundo lugar no palmarés, Paulo Gonçalves é o mais credenciado dos 18 pilotos e copilotos portugueses que partem para esse 41.º desafio do rali Dakar. Uma edição que, pela primeira vez, se disputa num único país, o Peru, e cujo arranque está marcado para este domingo..Mas se o motard de Esposende volta ao mais importante rali de todo-o-terreno do mundo para tentar mais uma vez a vitória que lhe tem escapado, a grande maioria dos restantes portugueses vai "apenas" pelo prazer da aventura. Nove deles são estreantes no Dakar e dois vão mesmo competir na categoria mais radical da prova: a Original by Motul, que respeita o espírito original do rali que nasceu em África, há 40 anos (1979)..Fique a conhecer quem é quem, nesta apresentação da comitiva lusa que vai tentar sobreviver às exigentes dunas do território inca, ao longo de dez etapas que prometem um dos mais duros desafios do Dakar desde que a competição se mudou, há dez anos, para a América do Sul..Os "oficiais".Com o dorsal n.º 2, "Speedy" Gonçalves, como é conhecido o português da equipa oficial da Honda, parte para este Dakar como o mais experiente dos motards das equipas de elite em prova. Depois de ter falhado a presença na edição do ano passado, devido a lesões num ombro e num joelho durante um dos últimos treinos, o piloto de Esposende voltou a sofrer um susto de última hora e teve de ser operado de urgência para remoção do baço, no início de dezembro, devido a uma queda..No entanto, desta vez Paulo Gonçalves recuperou a tempo de participar no seu 12.º Dakar, no qual faz parte mais uma vez da equipa da Honda. Para Gonçalves, que além do segundo lugar em 2015 conseguiu já mais três top 10 e ainda três vitórias em etapas, esta é mais uma oportunidade para lutar pelo triunfo..Para isso, terá de interromper a hegemonia da KTM, que domina o Dakar há 17 anos consecutivos e procura esticar essa série até à "maioridade". Na equipa oficial da marca austríaca, que contempla os três campeões anteriores das motos - o australiano Toby Price (2016), o britânico Sam Sunderland (2017) e o austríaco Matthias Walkner (2018) -, além da espanhola Laia Sanz e do rookie argentino Luciano Benavides, surge também neste ano um nome português: Mário Patrão..O pluricampeão nacional de TT, que falhou a prova de 2018 devido a uma apendicite aguda, servirá em primeira instância como piloto de apoio aos três nomes fortes da equipa, mas o facto de fazer parte da equipa mais desejada do pelotão permite alimentar todos os sonhos. "Estou num lugar que é mágico, um sonho, e que tem um custo de cerca de 300 mil euros por ano. Estou com condições que são muito boas e que seriam difíceis de obter sozinho", reconhece o motard de Seia, que espreita o primeiro top 10 final, à sexta participação na prova, depois de em 2015 ter ganho a classe maratona (13.º lugar da geral)..Com uma mota da indiana Hero vai correr Joaquim Rodrigues, que na estreia em 2017 surpreendeu com um 10.º lugar. Cunhado de Paulo Gonçalves, surge neste Dakar depois de um grave acidente na segunda etapa da edição anterior, que lhe colocou em risco a carreira. Após passar por múltiplas cirurgias e uma longa reabilitação, Rodrigues, de 37 anos, regressou à competição em agosto e volta agora a testar-se no mais famoso rali do mundo. "Quando temos uma paixão é difícil afastarmo-nos", disse ao site oficial da prova..Já nos carros, onde Portugal não tem neste ano nenhum piloto em competição (há vários, sim, na recente categoria de SSV), o experiente navegador Filipe Palmeiro volta a fazer equipa com o chileno Boris Garafulic no interior de um Mini da X-Raid..Os repetentes.Fora das equipas oficiais de fábrica, mas já com alguma experiência no Dakar, uma mão-cheia de portugueses procura repetir as emoções da mítica prova de todo-o-terreno..Entre as motos, com uma KTM, surge desde logo um apelido de grande tradição no TT em Portugal. David Megre, familiar do pioneiro José Megre (primo do seu avô) - um dos primeiros portugueses a participarem no Dakar, em África, e fundador da Baja de Portalegre -, vai estar pela segunda vez na competição, depois de em 2017 ter abandonado na 5.ª etapa..Também repetente sobre as duas rodas é Fausto Mota, natural de Marco de Canaveses, mas radicado em Espanha, no País Basco. O facto de a maioria dos seus patrocinadores serem daquela região leva-o a correr a prova sob bandeira espanhola, pela quarta vez. Em 2018 foi o único motard português a terminar, em 43.º. Neste ano, espera levar a sua Husqvarna 450 até ao top 30..Nos SSV (side-by-side vehicle), conhecidos como buggys, volta a estar Pedro Mello Breyner (num Yamaha YXZ 1000 R Turbo), que no ano passado se tornou o primeiro português a competir nesta categoria introduzida em 2017..Aos 59 anos, com uma carreira longa no automobilismo que contempla duas participações nas 24 Horas de Le Mans, com os irmãos Manuel e Thomaz, Mello Breyner tenta completar pela primeira vez o Dakar, depois do abandono na estreia, em 2018. Neste ano conta com a ajuda de um navegador local, Javier Uribe, para facilitar a abordagem às dunas do deserto peruano, que compõem 70% do percurso..Nos camiões, temos os assíduos José Martins (ao volante de um DAF), português radicado em França e com 12 anos de experiência no Dakar, e Paulo Fiúza, na 13.ª participação, neste ano como mecânico do espanhol Alberto Herrero (MAN)..Os estreantes.À descoberta da grande aventura partem neste ano quase uma dezena de portugueses, entre as motos e os carros SSV. Destaque para a estreia de António Maio, nas duas rodas, grande dominador do campeonato nacional nos últimos quatro anos. Capitão da GNR, responsável por paradas a cavalo, o piloto de Borba, de 32 anos, vai finalmente montar a sua Yamaha nas areias do Dakar, depois de vários anos a tentar reunir as condições..Em estreia estará também um dos mais promissores valores do TT nacional, o luso-alemão Sebastian Buhler, de 24 anos, a correr sob bandeira do seu país natal. Tendo-se radicado em Portugal desde muito novo, foi a partida do Dakar de Lisboa, em 2006 e 2007, ainda na versão africana, que fez crescer em Buhler a ambição de um dia participar na prova. Presença habitual nas provas portuguesas, quer levar a sua KTM até à chegada a Lima, no dia 17, e "aprender o máximo possível"..Na categoria de SSV estreiam-se duas duplas lusas: Bruno Martins/Rui Ferreira (Can-AM X3 UTV) e Ricardo Porém/Jorge Monteiro (Can-AM Maverick). Campeão nacional em 2017, Bruno Martins viu a presença confirmada quase à última hora, convidado como "carro de apoio" da equipa BBR. Já Ricardo Porém, bicampeão português de TT em carros, optou também pela crescente categoria dos side-by-side para a primeira aventura no Dakar..Ainda nos SSV estará Miguel Jordão (Can-AM Maverick), um piloto leiriense que vai repetir a presença da família no Dakar, depois de o pai, Pedro, ter sido navegador na edição de 2003. Aos 28 anos, terá uma ajuda importante nesta estreia: a do copiloto brasileiro Lourival Roldan, que ganhou a primeira edição desta categoria, em 2017..Os maiores aventureiros.Competir no Dakar, seja em que condições for, é uma aventura extrema, mas a organização da prova mantém, anualmente, uma categoria dedicada aos espíritos mais aventureiros e que respeita a filosofia original do rali criado em 1979 pelo francês Thierry Sabine para ligar Paris à capital do Senegal, Dakar..A classe Original by Motul só admite um limite máximo de 30 motards que se lançam ao desafio de percorrer os 5000 km da competição sem assistência. Ou seja, vão por conta própria e são eles que, no final de (ou durante) cada etapa, quando chegam ao acampamento, têm de reparar as motas para o dia seguinte, podendo contar apenas com ajudas dos outros concorrentes da mesma classe, dentro do espírito de entreajuda que guiou as primeiras edições africanas do rali..É nessas condições que vão dois dos portugueses estreantes na edição deste ano do Dakar: Miguel Caetano e Hugo Lopes..Miguel é um empresário de restauração de 44 anos, apaixonado por motos desde criança, amigo de Bernardo Vilar (antigo participante do Dakar), para quem o "sonho de uma vida" se cumpre neste ano. "A vida é rápida e ou era agora que me sinto bem ou passava e continuava a ser um sonho para o resto da vida", disse ao DN, em novembro..Por fim, Hugo Lopes é um português radicado em Genebra, na Suíça, onde acumula a paixão pelas motas com as aulas que dá como professor primário. Aos 11 anos, foi vice-campeão suíço de motocrosse. Agora, aos 28, chega ao Dakar, que acompanhava religiosamente com o pai em criança, tendo financiado a sua presença através de uma campanha de crowdfunding..Dezoito nomes, 18 histórias diferentes a ligar Portugal ao Dakar deste ano..A lista dos portugueses.MOTOS Paulo Gonçalves (Honda) Mário Patrão (KTM) Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) David Megre (KTM) Fausto Mota (Husqvarna) António Maio (Yamaha) Sebastian Bühler (KTM) Hugo Lopes (KTM) Miguel Caetano (KTM).CARROS Filipe Palmeiro, copiloto (MINI).CAMIÕES José Martins (DAF) Paulo Fiúza, mecânico (MAN)