Os papas que fizeram História

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Século I

São Pedro (32-67) Primeiro chefe da Igreja; escolhido por Jesus que lhe mudou o nome de Simão para Pedro. Morreu crucificado de cabeça para baixo, em Roma;

Santo Anacleto (76-88) nasceu em Roma. Foi no seu pontificado que o imperador Domiciano desencadeou a segunda perseguição contra os cristãos. Construiu um pequeno templo na tumba de São Pedro. Morreu mártir.

Século II

Santo Alexandre (105-115) foi o primeiro Papa eleito e não designado por testamento. Insistiu no uso da água benta e ordenou que a hóstia fosse feita de pão ázimo

São Pio I (140-155) alguns historiadores atribuem a este Papa a decisão de celebrar a festa da Páscoa no primeiro domingo depois do plenilúnio do mês de Março

São Vítor (189-199) oriundo do continente africano, gozou de um período tranquilo e favorável ao cristianismo, graças à protecção de Márcia e de Júlia, esposas dos imperadores Cómodo e Séptimo Severo, respectivamente.

Século III

São Calixto(217-222) mandou construir e organizar as catacumbas que depois receberam o seu nome. Nessa catacumbas foram sepultados 46 papas e 170 mil mártires. Também ele morreu mártir.

Santo Estêvão I (254-257) oriundo de famílias nobres de Roma, teve desavenças com as Igrejas de África e da Ásia, a respeito da supremacia da sede de Roma. Foi martirizado nas perseguições do imperador Valeriano.

Século IV

São Melquíades (311-314) nasceu em África e foi no seu pontificado que o édito do imperador Constantino foi promulgado, estabelecendo que a religião cristã poderia ser professada livremente. É o Papa que iniciou a construção da Basílica de São João.

São Dâmaso I (366-384) nasceu em Espanha e teve de lutar, inclusive recorrendo às armas, contra o antipapa Ursino. Reiterou a supremacia da Igreja sobre as demais.

Século v

São Bonifácio I (418-422) a sua nomeação foi confirmada por um Concílio, visto que o povo e uma parte do clero elegeram cada um o seu próprio representante

São Leão (Magno) (440-461) conseguiu deter Átila, rei dos Hunos, mas não teve a mesma sorte quanto aos Vândalos de Genserico que, em 455, saquearam Roma, deixando de pé apenas as basílicas

Século VI

Santo Hormisdas (514-523) era italiano e no seu pontificado houve a reconciliação entre a Igreja do Oriente e a do Ocidente. Estabeleceu que os cargos de bispos não podiam ser comprados com privilégios ou donativos.

Bento I (575-579) por causa das invasões lombardas, a Sé Apostólica ficou sem Papa durante 11 meses. Roma foi sitiada.

Pelágio II (575-579) transformou a sua casa num hospital improvisado para acolher os pobres, os doentes, os idosos e os perseguidos. Roma foi assolada por uma grande peste e uma das primeiras vítimas foi o próprio Papa.

Século VII

Bonifácio III (607) nascido em Roma, uma vez eleito Papa conseguiu que o imperador Focas decretasse que o único bispo autorizado a ostentar o título de ecuménico fosse o de Roma.

Bonifácio IV (608-615) era monge beneditino e instituiu a festa de todos os santos. Converteu o Pantheon de templo pagão em igreja cristã, salvando-o da destruição.

Teodoro I (642-649) nasceu em Jerusalém. O imperador Constantino II obrigou-o distanciar-se dos assuntos teológicos.

São Leão II (682-683) nasceu na Catânia. Deu ao culto divino um novo esplendor, aperfeiçoou o canto gregoriano e introduziu o uso da água benta nos ritos litúrgicos.

Século VIII

João VI ((701-705) enfrentou sérios conflitos com o imperador do Oriente que tentou prendê-lo, mas foi impedido por um levantamento popular.

Gregório II (715-731) nasceu em Roma e com ele teve início o verdadeiro poder temporal dos papas. Seguiram-se as desavenças com o imperador do Oriente que num concílio ordenou a destruição de todas as imagens sacras. Este Papa é o principal responsável pela intensa obra de envagelização das populações germânicas.

Estêvão III (768-772) durante o seu pontificado o papado começou a ser fortemente cobiçado pelo poder temporal. Para refrear esta tendência, ordenou que nenhum leigo poderia ser eleito papa e só os cardeais poderiam ser nomeados.

Adriano I (722-795) nasceu em Roma e com ele começou a aliança com Carlos Magno, que entrou em Itália e derrotou os Lombardos. Deu o início a um grande ciclo de restaurações de igrejas.Século IX

Estêvão IV (816-817) não notificou a sua nomeação ao novo imperador Ludovico Pio, mostrando que reconhecia o seu poder político, mas não aceitava a interferência do imperador na esfera espiritual .

São Pascoal I (817-824) nasceu em Roma e durante o seu pontificado fortaleceu as relações com França. Realizou a transladação de muitas relíquias dos mártires para igrejas.

Eugénio III (824-827) não conseguiu impedir o domínio de Aquisgrando.

Século X

João X (914-928) procurou lutar contra o clima de violência e de corrupção que reinava em Roma. Terminou os seus dias preso.

João XII (955-964) foi eleito com a idade de 18 anos. O alemão Óton I invadiu a Itália, destituiu o Papa e estabeleceu que a eleição do Santo Padre teria de contar com a aprovação do imperador.

Bento V (964-965) com a morte de João XII, Bento V foi eleito pelo povo. O imperador considerou-o antipapa e enviou-o para Alemanha como prisioneiro.

Silvestre II (999-1003) foi o primeiro Papa francês. Procurou moralizar o clero, mas com fracos resultados .

Século XI.

João XVIII (1004-1009) coroou Henrique II da Baviera rei de Itália. Terminou os seus dias no mosteiro de São Bernardo para onde se retirou.

Bento IX (1032-1044) sobrinho de papas anteriores, foi eleito três vezes e destituído duas. Devido a um comportamento considerado reprovável, embora tolerado pelo clero e pelo povo, foi deposto pelos Crescêncios.

Gregório VI (1045-1046) instituiu o primeiro exército pontifício para libertar e defender os territórios da Igreja. Obrigado a abdicar, retirou-se como monge em Cluny.

São Leão IX (1049-1054) recorreu às armas para defender os territórios da Igreja no Sul de Itália contra os normandos. Foi preso e só saiu em liberdade após aceitar várias condições dos invasores. Foi durante o seu pontificado que se consumou o cisma com a Igreja do Oriente.

Século XII

Eugénio III (1145) conseguiu iniciar a segunda cruzada, embora tenha resultado num enorme fracasso.

Clemente III (1187-1191) reconciliou-se com o imperador e iniciou a terceira cruzada, conseguindo a participação das repúblicas de Pisa, Génova e Veneza, bem como dos principais soberanos europeus.

século XIII

Gregório IX (1227-1241) instituiu o Tribunal da Inquisição.

Século XIV

Clemente V (1305-1314) nasceu em França e estabeleceu a sede papal em Avinhon. Mais tarde fundou as universidades de Oxford, Orleans e Perugia.

Urbano VI (1378-1389) no seu pontificado teve início o cisma do Ocidente que durou 40 anos.

Século XV

Gregório XII (1406- 1415) foi o período mais crítico do cisma porque, coexistiram três papas que no Concílio de Constança foram todos destituídos. Depois de renunciar, Gregório XII retirou-se para Recanati, onde faleceu em 1417. Contudo, é considerado o papa legítimo.

Nicolau V (1447-1455) põe fim ao cisma com a renúncia do antipapa Félix V. Durante o seu pontificado termina o Império Romano do Oriente.

Século XVI

Pio III (1503) por diversas vezes foi contra a sua eleição por considerar-se idoso e doente. O seu pontificado durou apenas 26 dias.

Leão X (1513-1521) foi no seu pontificado que Lutero apresentou os seus protestos.

Urbano VII (1590) iniciou algumas obras de caridade e faleceu repentinamente de malária, sendo o seu pontificado o mais curto da história.

Século XVII

Paulo V (1605-1621) condenou as teorias de Copérnico e proibiu as obras de Galileu.

Inocêncio X (1644-1655) foi no seu pontificado que terminou a Guerra dos Trinta Anos.

Século XVIII

Clemente XIV (1769-1774) foi obrigado a dissolver a Companhia de Jesus.

Pio VI (1775-1779) teve de enfrentar a Revolução Francesa. Napoleão invadiu o Estado Pontifício e levou o Papa para França como prisioneiro. Pio VI faleceu poucos dias depois.

Século XIX

Leão XII (1823-1829) tirou os livros de Galileu do Índex. Iniciou a construção da Basílica de São Paulo, destruída por um incêndio em 1823.

Pio IX (1846-1878) foi o Papa com o pontifícado mais longo e com ele terminou o milenário poder temporal dos papas.

Século XX

Pio XI (1922-1939) reconheceu o Estado italiano e este reconheceu o Estado da Santa Sé. Procurou distanciar-se do comunismo, do fascismo e do regime nazi. Fundou a Rádio Vaticano.

João XXIII (1958-1963) Convoca o Concílio Vaticano II, que actualiza a doutrina católica.

Paulo VI (1963-1978) No seu pontificado termina o Concílio Vaticano II que dedica ao ecumenismo e às outras religiões. É o primeiro Papa do século XX a viajar para além das fronteiras da Itália; Fátima (em Portugal) e Jerusalém foram locais que visitou. Consciente dos problemas e das novas realidades com que se debate o mundo de então, procura agir em prol da paz e da justiça social; é nesse âmbito que "se atreve" a receber no Vaticano líderes de movimentos de libertação.

João Paulo II (1978) Segundo Papa da história da Igreja que é oriundo do Leste e o quarto pontífice mais tempo no poder, chefe da Igreja vai em 27 anos.

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