Os membros de uma delegação que às vezes até fala em português

A representação na Conferência de Copenhaga traz um problema acrescido aos jornalistas quando explicam os assuntos. É-lhes impossível falar sem ser com conceitos técnicos, em inglês, que o cidadão comum não entende.
Publicado a
Atualizado a

A língua portuguesa tinha muitos representantes na Conferência de Copenhaga - brasileiros, principalmente -, mas poucos eram os portugueses aí presentes. O último a chegar foi o primeiro-ministro, esta quinta-feira, para cumprir o seu papel entre os líderes europeus nas difíceis decisões de última hora. Ontem, reuniu-se também com os governantes da Guiné, Timor-Leste, São Tomé, Angola e Cabo Verde. Na quarta-feira, chegou a nova ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, que participou em vários encontros bilaterais com os seus homólogos nas reuniões decisórias de nível ministerial. Um dia antes, marcara presença o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.

Antes dos políticos, chegaram os técnicos. O primeiro, na semana anterior ao início da conferência, foi Pedro Martins Barata, o negociador mais experiente e batido deste tipo de reuniões. A meio da primeira semana, foi a vez de o coordenador da equipa, Nuno Lacasta, entrar no debate de Copenhaga. Cristina Carreiras foi outro dos elementos que também estiveram a maior parte do tempo fechados no Centro Bella.

Como é a vida destes três técnicos da delegação portuguesa? Não é fácil, pode dizer-se em face do que se viu. O DN falou com os três e viu como Barata anda imerso nestes encontros há muitos meses e pouco tem ido a casa. A conversa que tivemos com ele decorreu enquanto almoçou uma sanduíche.

Lacasta passa os dias em negociações e, é fa-tal, irrita-se quando vê que os jornalistas se enganam nas percentagens. Uma coisa é certa: têm todos uma linguagem codificada que dificilmente o ser humano normal entende...

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt