Os homens deviam saber mais sobre pensos higiénicos
"Estou com o período." Se há coisa que um rapaz a crescer numa casa com várias mulheres aprende rapidamente é a respeitar esta frase. Não por paternalismo (um miúdo sabe lá o que é isso), não por desculpa, não para evitar conflitos desnecessários, não porque isso o pode colocar num bom patamar de entendimento da anatomia feminina familiar - e, com isso, uma pessoa mais informada e empática. Nada disso. Aprende a respeitar isso porque... isso existe. É um facto. As mulheres menstruam. Ciclicamente, sangram. Todos os meses. Ponto.
E isso pode deixá-las - ou não, depende - com variações de humor, com dores abdominais ou de cabeça e mais fracas fisicamente. E o tal rapaz - o tal que cresce na tal casa com as tais várias mulheres - só tem uma hipótese: viver com isso. Porque elas vivem também.
Eu tenho duas irmãs mais velhas e cresci numa casa onde havia com regularidade pequenos embrulhos de papel colocados discretamente no lixo. Só mais tarde soube o que eram e que o ciclo de vida daqueles pensos brancos e direitinhos que vinham lá para casa em caixas cor-de-rosa ou azul-bebé terminava ensanguentado num caixote. Também não me lembro, para ser honesto, se os momentos em que os embrulhos surgiam com mais frequência no lixo eram acompanhados de maior ou menor irritação por parte das manas. Talvez estivesse distraído. Mal informado. Ou fosse miúdo e pouco percebesse dos mistérios da tensão pré-menstrual. Ou talvez isso não me ocorresse ou, simplesmente, não fosse uma questão.
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