Os Deolinda actuam em Roma, Madrid e Paris

Roma, Madrid e Paris são as próximas etapas da banda portuguesa Deolinda, que prossegue a digressão europeia iniciada em Abril, no Melkweg, em Amesterdão, e passou já pela Alemanha.

"Este é o primeiro passo da internacionalização do grupo", disse à agência Lusa fonte da discográfica, que adiantou que o grupo deverá actuar ainda este ano em Londres.

Na próxima terça-feira a banda sobe ao palco do Auditório Parco della Musica, em Roma, seguindo para a capital espanhola onde actuam dia 25 na Sala Galileo, um espaço habitual de apresentação de artistas nacionais.

De Madrid os Deolinda voam até Paris, onde actuam no dia seguinte no L'Européen.

Há 53 semanas no top de vendas nacional, o álbum "Canção ao lado" subiu esta semana no top europeu, ocupando actualmente o 4º posto da World Music Charts Europe.

Os Deolinda surgiram há cerca de três anos em Lisboa, quando Pedro Martins mostrou a Ana Bacalhau três músicas que tinha composto: "Não sei falar de amor", "Fado não é mau" e "Ai rapaz".

"Ouviu as músicas que fiz, cantou-as e ficaram logo tão bem na voz dela que nasceram ali os Deolinda", disse à Lusa o músico, guitarrista e autor de todas as músicas desta formação.

Os Deolinda, que se estrearam o ano passado com o álbum "Canção ao lado", já duplo platina, são constituídos por Ana Bacalhau (ex-Lupanar), voz, Pedro Martins e o irmão Luís Martins, nas guitarras clássicas, e José Pedro Leitão (também ex-Lupanar) no contrabaixo.

A música dos Deolinda soa a fado, mas não o é, no quarteto não há guitarra portuguesa, a estrutura das músicas não obedece aos padrões melódicos do fado, nem tão pouco as letras, embora o universo seja de amores marialvas e às vezes até "de faca e alguidar", mas num tom divertido.

"Gosto de dizer que os Deolinda fazem música popular portuguesa onde cabe tudo, de Zeca Afonso a Variações", disse Pedro Martins, que afirmou incluir o fado de Camané ou de Maria Teresa de Noronha na sua dieta musical.