A Ordem dos Advogados criticou a iniciativa de alterar o regime das associações públicas profissionais, considerando-a um "gravíssimo golpe aos direitos, liberdades e garantias" de cidadãos e empresas e empresas, "e um inqualificável ataque às Ordens profissionais"..A ordem diz que o diploma "respaldou as subsequentes propostas de alteração aos Estatutos das várias associações públicas profissionais, incluindo, naturalmente, o Estatuto da Ordem dos Advogados (EOA)", tendo sido acompanhada de uma proposta de alteração à Lei dos Atos Próprios dos Advogados e dos Solicitadores ou Lei dos Atos Próprios..A organização considera que a proposta de alteração "parte de falsas premissas, assentes em factos falsos ou incorretos e numa enorme mistificação em torno de uma suposta necessidade de maior concorrência no que à Advocacia diz respeito, olvidando o rácio de Advogados per capita no nosso país"..A ordem acrescenta que o diploma "abre a porta à prestação de serviços por profissionais não qualificados e à inerente perda de qualidade desses serviços", "não garante de forma alguma o cumprimento do sigilo profissional e o regime relativo ao conflito de interesses, nem outros princípios ético-deontológicos adstritos à profissão", "privatiza a Justiça, ao permitir a negociação e cobrança de créditos por empresas constituídas especificamente para o efeito", "promove a concorrência desleal", "permite o controlo externo da Ordem dos Advogados por órgãos compostos por não associados, desconhecedores da prática da Advocacia" e "encerra um ataque grosseiro à liberdade e independência da Advocacia e da Ordem dos Advogados".