Operações navais da NATO ficarão todas concentradas em Oeiras

 A instalação, em Oeiras, do único comando naval da NATO na nova estrutura operacional da organização está envolta numa dúvida: vai ficar dependente do comando conjunto de forças de Nápoles (Itália) ou do de Brunssum (Holanda)?
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No final da Cimeira de Lisboa, em conversa informal com os jornalistas, o primeiro-ministro, José Sócrates, precisou que o quartel-general da NATO em Oeiras vai acolher as estruturas do comando de componente naval de Northwood (Reino Unido) - que depende de Brunssum - e não de Nápoles, como até agora se tem dito, pois este comando marítimo sediado em Itália também será extinto.

Segundo diferentes fontes, em Itália ficará só o comando conjunto de segundo nível (a juntar às agências, bases e armas nucleares da NATO aí sediadas).

A ser aprovada, em 2011, a nova estrutra de comandos reduzirá o estatuto de Oeiras: passa do segundo nível (comando conjun- to de forças) para terceiro (só naval). No entanto, sendo o único "comando marítimo" da NATO, assumirá por completo a responsabilidade pelas operações navais aliadas - como a Ocean Shield, contra a pirataria na Somália.

Isso é um dado adicional à simples garantia - contra as expectativas - de Lisboa manter um comando NATO, dada a grande redução do número de comandos. Como tal, a dimensão da vitória político--diplomática de Portugal neste processo de reforma da NATO é ainda maior do que o esperado.

Northwood, sendo um quartel--general marítimo da NATO, comanda também a força naval da UE envolvida no combate à pirataria na Somália (Operação Atalanta). É igualmente a sede do comando operacional conjunto das Forças Armadas britânicas.

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