Ongoing nega interesse nos direitos televisivos do Benfica
"Os direitos televisivos do Benfica pertencem ao nosso amigo Joaquim Oliveira e vencem depois de 2013, mas [Joaquim Oliveira, da Controlinveste] tem o direito de preferência" na compra, disse à agência Lusa o vice-presidente do grupo, Rafael Mora.
"Nós nunca vamos fazer nada contra o nosso amigo Joaquim Oliveira", reforçou o executivo, demonstrando estranheza pela notícia publicada hoje no diário i sobre um alegado interesse nos direitos televisivos daquele clube.
"Essa notícia não sei onde saiu. Ninguém falou com os responsáveis do Ongoing. É estranho porque as pessoas que poderiam responder a essa pergunta estavam aqui em São Paulo e nenhuma foi contactada", disse.
A direcção do Ongoing participou hoje, em São Paulo, no lançamento do jornal Brasil Económico, versão brasileira do Diário Económico, controlado pelo grupo português Ongoing.
Rafael Mora admitiu que "os direitos televisivos do Benfica são atractivos" mas sublinhou que o grupo não vai "fazer nada contra o legítimo proprietário desses direitos".
Segundo o i, o plano de expansão da Ongoing, que entrou no negócio dos media no Verão de 2008 com a compra do Diário Económico e que está actualmente em processo de aquisição da Media Capital dona da TVI - passa por potenciar a possível compra das transmissões televisivas dos jogos do Benfica.
De acordo com o diário, a compra da dona da TVI e o investimento no fundo de jogadores do clube da Luz visaram posicionar-se como comprador dos direitos que pertencem à Olivedesportos, de Joaquim Oliveira.
Quanto à participação da Ongoing na Impresa - que hoje substituíu o lugar de administrador de Nuno Vasconcellos por José Manuel Galvão Teles - Rafael Mora frisou tratar-se de uma participação "única e exclusivamente financeira" e que vai ser gerida de acordo com o rendimento que proporciona.
"A entrada ou a saída (da Ongoing na Impresa) poderia ser interpretada pela CMVM como uma forma de influenciar o mercado. Nós não influenciamos o mercado nem queremos influenciar o mercado", disse Mora.
"Se algum dia alguém quiser entrar lá (na Impresa) que fale connosco. Se algum dia nós quisermos vender, falaremos com alguém. Neste momento, é o que há, não há mais nada", afirmou o executivo.