O recurso, apresentado na sexta-feira e hoje tornado público, foi apresentado pelo Centro de Responsabilidade e Estado de Direito de Serra Leoa e dois sobreviventes da epidemia de ébola, que provocou quase 4.000 mortos.. Para os queixosos, o Governo da Serra Leoa "violou o direito dos seus cidadãos à vida e à saúde" por ter feito uma má administração dos fundos destinados à crise, informaram meios locais. .Uma investigação realizada pelo Procurador-Geral da Serra Leoa descobriu que faltavam cerca de 14 milhões de dólares dos fundos destinados ao Ébola para fazer frente à crise causada pelo vírus entre 2014 e 2015. .No recurso, os queixosos sublinham que o Governo violou o direito à vida dos seus cidadãos ao não cumprir os controlos oportunos de contabilidade e aquisição que levaram à perda de um terço dos recursos disponíveis e por isso foi responsável por um maior número de mortes. ."A várias centenas de médicos, enfermeiros e auxiliares foi permitido morrer sem necessidade", referem. .Além do recurso por alegada negligência do Governo, junta-se a má administração e a corrupção.