Odor a cadáver no carro e em roupas dos McCann

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Num total de dez veículos, os cães pisteiros apenas sinalizaram odor a cadáver e odor a sangue no carro de Kate e Gerry McCann , alugado 24 dias depois do desaparecimento de Madeleine McCann , a 3 de Maio de 2007, na Praia da Luz, Algarve.

Esta é uma das conclusões do relatório final da PJ sobre a investigação que dura há mais de um ano, entregue ao Ministério Público e que espera agora uma decisão. O procurador-geral da República já deu o prazo até ao final deste mês para que seja decidido o arquivamento ou o pedido de novas diligências.

Numa primeira abordagem, feita pelo laboratório britânico Forensic Science Service e pelo Instituto de Medicina Legal, foi registada uma compatibilização do perfil de ADN de Madeleine com alguns dos vestígios recolhidos da viatura Renault, alugada pelo casal.

Numa segunda abordagem, feita quer pelo Instituto de Medicina Legal quer pelo laboratório inglês, os resultados finais não vieram a corroborar as marcações caninas nos locais e peças de roupa de Kate e Gerry McCann .

Tal como explica o Expresso, na edição de ontem, foi face à mera possibilidade do envolvimento do casal McCann com o eventual cadáver que a PJ, em Setembro de 2007, constituiu Kate e Gerry como arguidos.

Mas, afinal, o que é que os cães detectaram? Odor de cadáver no quarto do casal, num canto, junto do roupeiro, na sala de estar, por trás do sofá, junto da janela lateral do apartamento, num dos canteiros fora do apartamento, em duas peças de roupa de Kate, numa peça de roupa de Madeleine , no peluche da criança e na chave do veículo do carro alugado.

Odor a sangue foi detectado na mesma chave do veículo do carro alugado e ainda na bagageira do mesmo.

Por isto tudo, a conclusão deste caso deverá ser só uma: arquivamento. A PJ assume que, apesar de todas as diligências feitas e de todas a linhas de investigação terem sido seguidas, não foi possível apurar sobre o que efectivamente se passou nessa noite.

O mesmo relatório assume que qualquer diligência agora já não ajudará à descoberta da verdade, lamentando o facto de não ter sido realizada a reconstituição da noite do desaparecimento, conforme foi reque- rida pela PJ, em finais de Maio. Um ano depois de Madeleine ter desaparecido da Praia da Luz.

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