Obra sobre o Sultanato de Omã apresentada na segunda-feira em Lisboa
\tA cerimónia de apresentação conta com a presença do embaixador de Omã em Lisboa, e um momento musical com a guitarrista Luísa Amaro, que editou em 2014 o CD "Argvs".
\tA obra, em português e inglês, com a chancela da Althum Editora, é prefaciada pelo presidente da Fundação D. Manuel II, Duarte de Bragança, e conta com um texto sobre as "relações entre o Sultanato de Omã e Portugal", de autoria de Humaid Al-Maani, embaixador do sultanato em Lisboa.
\tDuarte de Bragança salienta a ligação ao mar -- "os conhecimentos da arte náutica e da navegação astronómica" - que têm portugueses e omanitas.
\tAs embarcações portuguesas atingiram o oceano Índico em 1497, tendo os navegadores portugueses entrado "em contacto com os progressos dos marinheiros de Omã, graças aos pilotos da escola de Ibn Madjid", lê-se no prefácio.
\tOs portugueses instalaram pequenos fortes e feitorias na costa de Omã, tais como Mascate, Matara (Muttrah) e Sohar, e "passaram a comerciar ativamente em toda a região", afirma Duarte Bragança, que salienta o apoio português à dinastia árabe quando os persas, apoiados por Inglaterra, conquistaram Ormuz, em 1622, tendo-se "os portugueses fixado no território omanita".
\tO diplomata Al-Maani afirma que "as relações históricas recentes entre os dois países tiveram início em meados dos anos 1970", e atesta que "ambos os países estão ligados por possuírem recursos humanos que poderão fomentar uma cooperação estratégica em diversas áreas, nomeadamente, na política, cultura, economia e tecnologia".
\tOs autores realçam, por seu turno, a troca mútua de influências, referindo áreas como a arquitetura, e afirmam que vestígios da presença portuguesa "permanecem ainda visíveis", nomeadamente "o caso do porto que construíram em Musandam, no estreito de Ormuz, ou de Mascate, a capital".
\tA obra divide-se em 14 capítulos, abordando questões como a geografia e a administração, a religião, economia, "oportunidades de investimento", "maravilhas de Omã", como a Gruta de Majlis Al-Jinn ou a Reserva Natural de Bandar Khayran, e ainda a cultura e tradições, referindo as canções e danças de Omã, a poesia e os instrumentos musicais, assim como o trabalho em prata, e no talhe da madeira.
\tUm capítulo é totalmente dedicado ao Património Cultural Material e Imaterial do Sultanato.
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