Óbito/Manuel Martins: "Referência cívica da vida democrática" - Universidade do Porto
A UPorto destaca também a "coragem" e o "desprendimento" com que o bispo Manuel Martins lutou pelos mais desfavorecidos, recordando que "nunca a voz lhe faltou" quando foi necessário denunciar as injustiças sociais em Portugal, designadamente quando confrontou os "poderes públicos com a fome, a miséria, o desemprego, o trabalho infantil ou a precariedade habitacional".
A forma como lutou pela restauração da independência de Timor-Leste, a sua ação diocesana em Setúbal na defesa dos direitos sociais e o facto de nunca ter deixado esmorecer as suas raízes no Grande Porto são outras das características que a UPorto destaca na sua nota.
"Neste momento de infortúnio, fica a certeza de que vale a pena prosseguir no futuro o legado espiritual, moral e social que D. Manuel Martins nos deixou", concluiu a UPorto.
O bispo emérito, que esteve à frente da diocese de Setúbal entre 1975 e 1998, morreu domingo, aos 90 anos, na Maia, arredores do Porto, em casa de familiares.
As exéquias realizam-se terça-feira, pelas 15:00, no Mosteiro de Leça do Balio, em Matosinhos, onde a partir de hoje tem lugar o velório, informou a diocese de Setúbal.