Óbito/Belmiro de Azevedo: Presidente da CMVM destaca "visão e estratégia" do empresário que "acreditou na bolsa"

A presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Gabriela Figueiredo Dias, recordou hoje Belmiro de Azevedo como um empresário que "acreditou na bolsa", tendo "visão e estratégia".
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"Hoje país perdeu um dos seus grandes impulsionadores, Belmiro de Azevedo - o 'Senhor Sonae', empresário que em 1987 acreditou na bolsa, realizando aí sete ofertas públicas de venda simultâneas, relançando um mercado, nessa altura, quase incipiente. Teve visão e estratégia.", disse em nota enviada à Lusa.

Para a presidente da CMVM, o mercado de capitais português deve-lhe o facto de "ter colocado as suas grandes empresas em bolsa. Foi assim em 1987, foi assim em 2000 e foi assim quando se manteve firme no mercado ao longo dos últimos anos".

"A CMVM reconhece o contributo relevante do engenheiro Belmiro de Azevedo para a dinamização da economia, o respeito pelo mercado, pelos investidores e pelos seus trabalhadores. Sentiremos a sua falta. Hoje o mercado de capitais ficou mais pobre", concluiu Gabriela Figueiredo Dias.

O empresário Belmiro de Azevedo morreu hoje aos 79 anos, depois de décadas ligado à Sonae, onde chegou há mais de 50 anos e que transformou num império com negócios em várias áreas e extensa atividade internacional.

Sem tolerância para a incompetência ("não aceito, nem por um nonagésimo de segundo, que alguém menos competente mande em mim -- só na tropa, por obrigação, e na vida civil por decisão de órgãos de soberania", disse citado numa biografia) e com afamada dedicação ao trabalho e a um estilo de vida "frugal", Belmiro de Azevedo deixa três filhos, Nuno, Paulo e Cláudia, também relacionados com a Sonae, grupo de cuja presidência saiu formalmente em 30 de abril de 2015.

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