Obama suspende sanções a Cuba

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O Presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou ontem a prorrogação, por mais seis meses, da suspensão da secção III da lei Helms-Burton, aprovada em 1996 para endurecer o embargo a Cuba. Esta estabelecia que cidadãos americanos podiam apresentar queixa contra empresas estrangeiras que usassem propriedades expropriadas após a revolução liderada por Fidel Castro há 50 anos.

Numa carta enviada ao Congresso, Obama disse que a suspensão era "necessária para os interesses dos EUA e vai acelerar a transição para a democracia em Cuba". Palavras muito semelhantes às usadas pelo seu antecessor George W. Bush, que tal como Bill Clinton também prorrogava a cada seis meses esta suspensão.

A Lei Helms-Burton - baptizada com os apelidos dos dois senadores que a escreveram - tinha como objectivo impedir os investimentos estrangeiros na ilha liderada pelos Castro. Mas o México e o Canadá promulgaram as suas próprias leis para ultrapassar estes impedimentos e a União Europeia declarou que as decisões extraterritoriais não se podiam aplicar.

Contudo, no caso de Barack Obama, é mais um gesto em relação a Cuba, depois do levantamento das restrições às viagens dos norte-americanos para a ilha, o fim do limite ao envio de remessas e a decisão de levantar o veto contra a presença de Havana na Organização dos Estados Americanos. Desde Abril, quando Obama ofereceu "um novo começo" a Cuba, que ambos os países têm tido reuniões informais e, nesta terça-feira, retomaram o diálogo sobre temas de imigração (suspenso por Bush). Um diálogo que ambos os lados consideraram "frutuoso".

No mesmo dia em que os seus assessores reuniam com Cuba, o Presidente Barack Obama lançava a primeira bola num jogo de basebol em Saint Louis, entre as estrelas das suas ligas. Obama vestia um casaco da sua equipa, os White Sox, de Chicago.

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