Obama criticado por jogar golfe após morte de Foley

O Presidente Barack Obama teve de reconhecer hoje ter sido pouco adequado da sua parte ter ido para uma partida de golfe, em finais de agosto, imediatamente após uma conferência de imprensa em que denunciou a decapitação do jornalista americano James Foley pelo Estado Islâmico.
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A 20 de agosto, numa conferência realizada após a divulgação do vídeo em que se mostra a decapitação de James Foley, Barack Obama denunciou uma execução "que choca a consciência do mundo inteiro".

A declaração foi feita na ilha de Martha's Vineyard, no Massachusetts, onde Obama se encontrava de férias com a família, tendo o Presidente garantido que "seremos vigilantes e implacáveis. Quando os americanos são atacados onde quer que seja, faremos o que for necessário para que seja feita justiça", disse um Obama de rosto grave e compenetrado. Ora, o problema é que, passados poucos minutos, partiu para uma longa partida de golfe, o que, de imediato, lhe valeu uma avalanche de críticas, denunciando ausência de inteligência política ou, pior ainda, uma falta de sensibilidade ou de tato.

Numa entrevista à NBC difundida hoje, o Presidente reconheceu não ter tido o comportamento mais adequado. "É claro que, após ter falado com a família - numa conversa em que tive dificuldade em reter as lágrimas ao ouvir a sua dor - e depois daquilo que eu disse, deveria ter antecipado o efeito que teria" participar numa partida de golfe.

O facto de ter ido jogar golfe não autoriza ninguém, afirmou Obama, a duvidar da sinceridade das suas declarações após a morte de Foley e do modo como esta o afetou "profundamente". O fundamental para o dirigente americano é o de saber se prossegue as "políticas adequadas" a cada situação, se "são protegidos os cidadãos americanos" e se ele, enquanto Presidente, faz "tudo o que é necessário" para garantir a segurança do país.

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