O último dia de um homem que não foi esquecido

'Fruitvale Station - A Última Paragem' é o primeiro filme de Ryan Coogler e o vencedor do Festival de Sundance em 2013, que reconstitui o último dia de vida de Oscar Grant
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Comemoravam-se as últimas horas solenes de 2008 em São Francisco, as resoluções de ano novo povoavam a rede de transportes públicos quando Oscar Grant III, um jovem afro-americano de 22 anos, confronta o inesperado e se envolve numa briga na estação de Fruitvale (em Oakland) com agentes da polícia, que enfim acabariam por baleá-lo. Oscar, que não sobreviveu e cuidava de uma filha de 4 anos, estava então desarmado enquanto era observado pelos olhos dos passageiros do metro e dos telemóveis incumbidos de o levar a todos os ecrãs como caso mediático nos EUA e de memorizar o sentimento premente de injustiça e segregação racial.

Acabado de estrear nos cinemas portugueses, Fruitvale Station - A Última Paragem é o filme que nos aparece como efeito desse mediatismo e também na corrente de outros títulos norte-americanos atentos às questões da segregação racial, do Óscar de Melhor Filme recém-atribuído a 12 anos Escravo e a O Mordomo, protagonizado por Forest Whitaker. É de resto ele mesmo que surge como uma das figuras-chave que impulsionaram a produção independente deste Fruitvale Station, ao lado de Kathryn Stockett, autora de As Serviçais, e da atriz Octavia Spencer, que surge na adaptação para cinema desse romance e, agora, vemos no papel de mãe de Oscar.

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