O Tratado de Lisboa reformou e deu mais poderes às instituições europeias. "Tornou possível muitos progressos na União Europeia" e disponibilizou "novas ferramentas para fazer face aos novos desafios", relembrava, este mês, Ursula von der Leyen, no dia em que iniciava funções como presidente do Conselho Europeu, dia que coincidiu com o décimo aniversário da entrada em vigor do tratado assinado na capital portuguesa..Apesar de regular um mercado único europeu há uma década, a carta foi assinada há 12 anos, a 13 de dezembro de 2007. E na capa do dia 14 de dezembro de 2007, o DN antecipava os desafios: "Primeiro desafio ao Tratado chama-se Kosovo". O segundo? A dúvida levantada pelo próprio PS (o partido que apoiava o governo, estava então Sócrates no poder) de ratificar o documento..A História veio a demonstrar que eram problemas ultrapassáveis. O acordo foi ratificado a 23 de abril de 2008 e 23 estados membros da União Europeia reconhecem hoje a independência do Kosovo..O Tratado de Lisboa trouxe uma nova reconfiguração ao Parlamento Europeu, que passou a ter 750 deputados e um presidente fixo com um mandato renovável de dois anos e meio. Cada país passou a ter direito a um comissário europeu e a poder sair voluntariamente da União Europeia, apesar de a cooperação ter saído reforçada entre os estados-membros, o exemplo mais famoso é o da moeda única - o euro (a que nem todos os países aderiram).