O sonho cumprido de Barack Obama
De facto, em Fevereiro de 2007, Hillary Clinton, pelos democratas, e Rudolph Giuliani, pelos republicanos, eram os claros favoritos. Mas a primeira dama e senadora pelo estado de Nova Iorque e o ex-mayor da Big Apple acabariam por se revelar uma desilusão, cada um à sua maneira. E a verdadeira “estrela” da campanha ainda estava por despontar. Quando anunciou a candidatura, também em Fevereiro do ano passado, Obama não passava de um jovem senador quase desconhecido com a ambição de quebrar os tabus. Menos de dois anos depois vai realizar o seu sonho – e o do líder dos direitos cívicos Martin Luther King, dizem muitos – quando tomar posse a 20 de Janeiro nos degraus do Capitólio em Washington.
A vitória de Obama foi histórica e a América e o mundo não esconderam que esperam do novo presidente a mudança que tanto prometeu durante a campanha. Para isso terão de esperar até 20 de Janeiro de 2009, no dia em que Obama tomar posse, substituindo George W. Bush. O presidente cessante prometeu uma transição pacífica num momento particularmente difícil. A prioridade de Obama deverá ser a resolução da crise económica mundial, mas o presidente eleito prometeu também retirar as tropas americanas do Iraque e reforçar a presença militar dos EUA no Afeganistão.
Depois de uma campanha bem organizada e com uma mensagem forte de mudança que lhe permitiu derrotar Hillary Clinton e toda a máquina que a apoiava, Obama tem agora pela frente o verdadeiro grande desafio. E com expectativas tão elevadas, o sucessor de Bush terá necessariamente de desiludir alguém.
Com um presidente de saída, um candidato presidencial derrotado e um Congresso dominado pelos democratas, os republicanos procuram agora uma nova liderança que os volte a colocar no topo da política americana. Talvez já nas intercalatres de 2010, mas com certeza nas presidenciais de 2012. Sarah Palin, a vice de McCain, é um dos nomes falados como potencial candidata à Casa Branca.