O sabor da Beira Baixa a cada fatia

Esta história passa-se na Beira Baixa com a Serra da Gardunha de um lado e o Parque Natural do Tejo Internacional de outro. A personagem principal é o Queijo Picante da Beira Baixa DOP e a promessa é a de um romance de arrebatar corações e despertar paladares.
Publicado a
Atualizado a

A Norte, a Serra da Gardunha. A Sul, o Parque Natural do Tejo Internacional, berço de raras espécies de pássaros e de grande beleza natural. Entre estes grandes marcos naturais do centro do país, as Beiras desenham um cenário verdadeiramente especial. São vilas históricas, castelos seculares, ruínas medievais e sítios que nos revelam vestígios dos tempos dos romanos e dos templários que por lá passaram. O cenário de hoje é o da Beira Baixa interior, que faz fronteira com a Espanha e onde as aldeias de pedra são o cartão de visita para a vida e o ritmo dos dias passados no campo.

​​Cortada pelos rios Zêzere e Tejo, a região tem em Castelo Branco o seu principal centro urbano. É neste panorama de colinas verdejantes e pedregosas, de uma acolhedora atmosfera rural, que nascem alguns dos mais tradicionais queijos portugueses. Hoje, vamos contar-lhe a história do Queijo Picante da Beira Baixa DOP.

Classificado com o selo DOP da União Europeia, o Queijo da Beira Baixa Picante DOP é produzido com o leite cru de ovelha e de cabra, sal e coalho de origem animal. Mas não se trata de um leite qualquer. Na Queijaria Almeida, os rebanhos são criados ao ar livre durante todo o ano, algo fundamental para conferir um sabor e um aroma especiais ao leite e, consequentemente, ao queijo. É nesta queijaria que este queijo de eleição é produzido. E a história já dura há tanto tempo que, a cada fatia, vai poder provar e maravilhar-se também com a história desta família.

De pasta dura ou semidura e de cor branco-acinzentada, o Queijo Picante da Beira Baixa DOP Continente Seleção da Queijaria Almeida é produzido exclusivamente para o Continente. Quanto à sua produção, esta prevê o acréscimo do coalho de origem animal ao leite, com um processo de maturação entre os 10-18 ºC com humidade relativa de 70 a 80%. De seguida, a massa é cortada com uma lira e distribuída pelos cinchos para o esgotamento do soro. Por fim, é feita a salga, adicionando-se os queijos em recipientes sem oxigénio. A cura ideal demora, no mínimo, 120 dias, num ambiente com temperatura e humidade controladas. Apresenta-se fracionado em quartos e embalado em folha de alumínio.

Até lá, o ingrediente principal será mesmo a paciência. Afinal de contas, a pressa é inimiga da perfeição e nesta história prometemos-lhe um final feliz!

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt