O Papa que não quis esconder o corpo doente

João Paulo II teve o terceiro mais longo pontificado da história da Igreja. São 26 complexos anos, entre a rigidez da moral e da doutrina e a leitura atenta no campo social.
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Eram 13.30 de um dia que amanheceu cinzento. Desceu do avião com passo seguro e, antes dos cumprimentos, ajoelhou-se e beijou o chão de Lisboa - estávamos a 12 de Maio de 1982, e aquele gesto já não surpreendia no papa peregrino que mais vezes saiu dos muros do Vaticano.

Dezoito anos depois, em 2000, regressa a Fátima: João Paulo II é um homem doente, que se move com dificuldade. A doença de Parkinson confunde-se com os últimos anos do seu pontificado, a mão esquerda a tremer, o corpo curvado, a voz ainda forte mas arrastada. Até à sua morte, em 2005, o papa viveu a doença em público.

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