O luxo de escrever à mão
Passamos tanto tempo ligados ao computador e a teclar que as canetas e o papel ficam de lado. Nos dias de hoje, a escrita à mão é cada vez mais um luxo. Por isso, na véspera do Dia Mundial da Escrita à Mão, registamos as mais recentes novidades da coleção Meisterstück Great Masters Calligraphy da Montblanc. Porque, com este material, não há dúvidas: escrever à mão é de facto um luxo.
Os novos aparos das canetas desta coleção são agora mais flexíveis, além de esculpidos à mão em ouro maciço por mestres artesãos. Todo o processo da criação para cada um dos aparos segue 35 etapas exigentes.
Produzida em resina preta preciosa com detalhes revestidos a ouro, a Meisterstück 146 (725 euros) apresenta agora o aparo flexível, desenvolvido com base nas canetas Montblanc de muito sucesso da década de 1950. Feito com ouro amarelo de 18K, este aparo especial permite criar vários estilos de escrita, uma vez que, consoante a pressão aplicada, é possível alterar a largura e cor das linhas no papel.
Os aparos flexíveis estão também nas canetas Meisterstück Calligraphy Solitaire Burgundy Tone Lacquer. Nelas podem-se encontrar referências à caligrafia que era usada na arte e cultura japonesas. A caneta é vermelha, com um aspeto sombreado contemporâneo, obtido através de uma nova técnica de gradiente em laca aplicada ao metal escovado, inspirada numa técnica tradicional japonesa, e com detalhes em ouro champanhe, material usado no aparo flexível.
Esta caneta está também disponível como caneta de tinta permanente com aparo padrão e como caneta de rollerball. O preço varia entre os 1.340 e os 1650 euros.
Pioneira na cultura da escrita, a Montblanc continua a apoiar-se na herança do passado e no espírito inovador dos fundadores, que em 1906, encantados com as canetas de pena vistas numa viagem aos Estados Unidos, decidiram inovar e criar, em Hamburgo, na Alemanha, uma caneta-tinteiro. Mais de um século depois, as canetas Montblanc são um sinónimo de luxo, símbolo de poder. E, por isso, usadas em circunstâncias importantes e momentos solenes.
Numa época em que ainda não se usavam canetas, John Hancock deixou a sua assinatura na Declaração de Independência dos Estados Unidos, de tal forma marcante, por ser a primeira e pela dimensão, que o seu nome passou a ser sinónimo de assinatura. No dia do seu aniversário passou-se a assinalar nos Estados Unidos, em 1977, o Dia da Escrita à Mão. Inicialmente como forma de promover materiais de escrita, como canetas, lápis e papéis. Nos anos mais recentes, passou a ter um significado diferente.
Prática com mais de três mil anos, está cada vez mais em desuso. Mas, diz a ciência, é preciso manter a prática da escrita, já que escrever à mão não é apenas fundamental para o desenvolvimento do cérebro das crianças, mas também ajuda a memorizar conteúdos e a aprender com mais facilidade. Mas não só. A escrita é também uma forma de passarmos os nossos pensamentos e as nossas ideias para o papel, unicamente nossa. A forma de escrever de um nunca é igual à de outro, o que torna possível identificar alguém pela sua escrita à mão.
Já a caligrafia é vista como uma arte que nos chega da China e Grécia antiga. A própria palavra vem do grego, kallos graphein, que significa escrita bela.
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