O inverno começou às 22h23, mas as temperaturas são (e serão) de outono

O hemisfério norte entrou às 22:23 horas na estação fria, que vai durar 88, 98 dias. O dia mais curto do ano já passou: foi esta sexta-feira. Sábado, já temos mais um segundo de luz solar, e depois é sempre a crescer
Publicado a
Atualizado a

Começou o inverno. Foi às 22h23 exatas desta sexta-feira, o momento em que o Sol passou no ponto do céu em que a sua distância angular, em relação ao equador, atinge o valor mínimo. É o solstício de inverno, que marca a entrada na estação fria no hemisfério norte, por sinal com temperaturas bastantes suaves em Portugal, pelo menos para já.

"As máximas estão acima do valor normal para esta época, de um modo geral no território do continente", adianta a meteorologista Patrícia Gomes, do IPMA, notando que a situação se manterá "sensivelmente idêntica durante os próximos dias".

Temperaturas relativamente amenas para a época e tempo seco marcam a quadra natalícia que está aí à porta. Durante os próximos dias, as mínimas vão variar entre os entre 5 a 10 graus Célsius no litoral e sul no continente, e entre os 2 e 7 graus no interior e norte, e as máximas vão rondar os 15 a 20 graus. Quanto à precipitação, estão previstos apenas alguns aguaceiros durante a manhã deste sábado na região do Minho.

A particularidade mais distintiva nas previsões para os próximos dias, até dia 25, será a persistência de neblinas e nevoeiros matinais, que afetarão sobretudo as regiões do nordeste transmontano. "É o mais significativo para os próximos dias, porque reduz a visibilidade nas estradas, numa época do ano em que muitas pessoas se deslocam por causa do Natal", nota Patrícia Gomes.

Para além de dia 26, a precisão das previsões diminui substancialmente. A circulação atmosférica e a meteorologia são sistemas complexos e os modelos ainda não conseguem abarcar toda essa complexidade a longo prazo mas, ainda assim, há algumas coisas que se podem dizer. Por exemplo, a probabilidade de ocorrer precipitação de pois do natal, e até dia 30, "é baixa, não excede os 25%", diz a meteorologista do IPMA. Mas, nota, "isto pode alterar-se amanhã, ou depois, quando houver mais informação".

Para lá desse horizonte, os meteorologistas falam sobretudo em termos de probabilidades. Na sua previsão sazonal, até fevereiro de 2019, publicada no seu site, o IPMA estima, por exemplo, que probabilidade de uma "anomalia positiva" da ordem dos" 0,2 a 0,5 graus Célsius", na média das temperaturas dos meses de dezembro deste ano, e janeiro e fevereiro do próximo, é de 60 a 80%. Mas, já para a precipitação não se vislumbra nenhum sinal "estatisticamente significativo". Ou seja, não há nada que se possa dizer sobre isso.

Certo, certo, é que o dia mais curto do ano, que teve 9 horas, 18 minutos e 7 segundos de luz solar, já passou. Foi esta sexta-feira e, a partir de agora os dias vão começar, gradualmente a crescer, até ao próximo solstício de verão, em junho de 2019. Mas, antes disso, ainda haverá o equinócio da primavera, no próximo dia 20 de março. Já só faltam 87,98 dias.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt