O indie rock honesto dos Yeah, Yeah, Yeahs

Nunca é fácil anteceder os cabeças de cartaz num festival. Mas os norte-americanos Yeah, Yeah, Yeahs, fizeram bem o seu papel. Divertiram, foram profissionais e aqueceram o público para o que veio a seguir.
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Pelas 19:52 a banda nova iorquina Yeah, Yeah, Yeahs, tomou conta do palco principal no primeiro dia da segunda edição do festival Kalorama.

Formados em 2000, a banda liderada pela vocalista Karen O veio a Lisboa apresentar músicas do seu trabalho de 2022, Cool It Down, sem esquecer alguns êxitos indie dos álbuns anteriores, nomeadamente Mosquito, de 2013 e It's a Blitz, de 2009.

Ainda com a claridade de final de tarde, a assistência não encheu a plateia do palco principal do Parque da Bela Vista. Muitos circulavam pelos outros palcos e aproveitavam uma visita às casas de banho e evitar as filas intermináveis que se formavam no intervalo dos concertos.



Definitivamente, não foi à segunda edição que a organização do Kalorama resolveu o problema das enormes filas para os WC não binários. Neste primeiro dia de festival, nos dois extremos do recinto - onde colocaram os lavabos - as filas continuaram grandes e exasperantes.

Voltando ao concerto dos Yeah, Yeah, Yeahs, os seguidores/conhecedores da banda assistiram a uma performance segura, profissional e que cumpriu outras das missões: aquecer o público para os cabeças de cartaz que tocaram passado um par de horas: os Blur.

Entre os vários temas tocados Spitting Off the Edge of the World, Cheated Hearts, Pin, Burning, Zero e a conhecida Soft Shock, marcaram a primeira parte do concerto onde, às tantas dois balões em forma de olhos pularam para a audiência.

Gold Lion, Play Video, Lovebomb, Y Control, Maps , Heads Will Roll, marcaram a última parte da atuação segura, profissional e divertida, e tirou dúvidas porque não foram antes os Metronomy a ocuparem o palco principal.

Depois do último tema, Date With The Night, o concerto terminou ao melhor jeito punk rock. Guitarras distorcidas, a vocalista Karen O tanto a atirar o seu microfone para o ar ou a martela-lo no chão do palco.

O microfone da vocalista foi ainda parar dentro das calças da vocalistas a imitar um falo. Depois disso, a pedido de um fã na primeira fila, Karen O, ofereceu-lhe o micro.

Um final com atitude e entretenimento e que alegrou a assistência e serviu, sobretudo de aquecimento. Serviu de aquecimento para o concerto mais esperado da noite: os Blur.

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