O hotel onde o luxo anda de chinelos de praia

O The Oitavos é uma aposta recente da família Champalimaud na área do turismo. Um hotel de luxo na Quinta da Marinha, à beira da estrada do Guincho, em Cascais. Construído em forma de "Y" - ou seja com três alas que se tocam numa ponta -, é já considerado por Miguel Champalimaud, director da unidade, como o "clímax de todo o desenvolvimento" daquela região.

E para quem procura requinte sem dispensar os chinelos de praia, o The Oitavos é a solução. Isto porque, apesar de se tratar de uma unidade hoteleira de cinco estrelas, o ambiente proporcionado aos visitantes permite-lhes andar de modo informal em todos os espaços.

"O que nos confere o patamar de luxo é a nossa atenção ao pormenor, como por exemplo o facto de fazermos aqui o pão, os bolos ou até mesmo os gelados. Há ainda outros detalhes importantes como os pontos para carregamento de IPhone e o facto de parte do nosso mobiliário possuir rodas, permitindo alterações constantes dos espaços", adiantou Miguel Champalimaud.

Questionado sobre quais os pontos fortes do The Oitavos, o responsável salientou a inovação, a localização e as dimensões do edifício: "Este é um projecto totalmente diferente da concorrência, quer pelas instalações, quer pelo enquadramento e localização. Somos o hotel de cinco estrelas da Europa que mais metros quadrados oferece por cada euro cobrado ao cliente."

Mas não é tudo. Além de ter sido construído virado para sul, este hotel foi desenhado de modo a que nenhum visitante ficasse privado da vista para o mar. A entrada para cada um dos quartos - com cerca de 63 m2 - faz-se através de uma porta gigante. Mas é a única porta que os quartos possuem, visto serem espaços amplos, onde o que divide a casa de banho da sala é apenas o mobiliário. Ambas localizadas na ala sul do edifício, muito próximas da água gélida do mar, as duas piscinas do hotel são também de água salgada, mas aquecidas.

Sendo o único hotel da família, o The Oitavos foi concebido de modo a integrar-se na paisagem da Quinta da Marinha - mantendo em seu torno a vegetação e fauna típicas - e na dinâmica dos restantes complexos, como o centro hípico, o ginásio e o centro de golfe. E a verdade é que, ainda que seja um projecto recente, a procura desta unidade já superou todas as expectativas.

"Conseguimos, em Agosto, superar os nossos objectivos, alcançando os 60% de ocupação", afirmou o director, explicando que "os resultados alcançados são excelentes tendo em conta que o hotel abriu há um ano."

Mas este não é um hotel que apaixona apenas os visitantes. Um dos seus seguranças foi a primeira pessoa a visitar o local onde mais tarde viria a nascer este edifício de 142 quartos. "A ligação de um dos nossos funcionários ao hotel é muito curiosa", disse Miguel Champalimaud, contando que "inicialmente, antes da construção do edifício, este funcionário era apenas um jardineiro que fora contratado para limpar o terreno e acabou por ficar como segurança até aos dias de hoje."

Além das instalações e dos recursos humanos, um dos segredos deste hotel é a localização. Miguel Champalimaud lembra, por isso, que "a história da Quinta da Marinha revela uma larga e ousada visão de futuro, desde o seu fundador, Carlos Montez Champalimaud, que anteviu o elevado potencial turístico e urbanístico daquela marinha, à data território quase desértico."

O amadurecimento deste hotel é, actualmente, uma das prioridades da família Champalimaud. Porém, ainda que as atenções estejam todas viradas para esta recente aposta no turismo, as várias estratégias de marketing em países como Reino Unido, França e Alemanha estão já a dar frutos.