O final que quase chegou a não acontecer
No dia em que se estreou nos EUA, Toy Story 3 tornou-se o filme de animação com a abertura mais rentável de sempre, tendo arrecadado 32 milhões de euros. Onze anos depois de Toy Story 2, o terceiro e, ao que tudo indica, último capítulo desta série, chega amanhã às salas de cinema portuguesas.
O filme que marca o regresso de Woody e Buzz às luzes da ribalta teve uma origem algo atribulada, tendo a Pixar, o estúdio de animação responsável por filmes como À Procura de Nemo (2003), Os Incríveis (2004), para além de Toy Story, sido adquirido pela Disney em 2006.
A parceria entre a Pixar e a Disney, apesar do sucesso retumbante de Carros (2006), quase resultou no final prematuro da saga Toy Story, com o antigo administrador da Disney, Michael Eisner, a atribuir (em 2005) aos estúdios Circle 7 a concretização do terceiro filme da saga Toy Story, que seria realizado sem o envolvimento da Pixar.
Porém, a saída de Eisner em 2006 ditou o fim da Circle 7 e o novo chairman da Disney, Robert Iger, voltou a pôr nas mãos da Pixar aquele que foi o seu voo inaugural nas longas-metragens.
Com John Lasseter, criador da série, como co-produtor e realização de Lee Unkirch, o enredo de Toy Story 3 começa uma década depois do filme anterior, com Andy, o dono dos brinquedos do filme original, prestes a ir para a universidade. O que se segue a esta premissa inicial é, tal como acontecia com o coleccionador de brinquedos de Toy Story 2, uma reflexão sobre a função dos brinquedos e a sua relação com a infância, que, de caminho inclui, para além do humor obrigatório, uma sequência inspirada em A Grande Evasão, filme de 1963 protagonizado por Steve McQueen.
Entre disputas de negócios e fugas da prisão (ou do jardim-escola), Toy Story 3 finaliza a série com uma recapitulação dos elementos que tornaram a série tão popular.