O desenlace medíocre de uma saga

<em>The Hunger Games: A Revolta - Parte 2</em>, Francis Lawrence
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Bem sabemos que, de Indiana Jones a James Bond, o moderno conceito de "franchise" cinematográfica envolve muitas componentes indissociáveis do marketing. Será que isso gera algum problema criativo?... Não necessariamente, a não ser que o marketing passe a tomar o poder sobre a criatividade.

O derradeiro capítulo de The Hunger Games (porque é que desapareceu o título português Jogos da Fome?) acaba por ser um esclarecedor exemplo de tal decomposição formal e conceptual.

Em boa verdade, a decisão de dividir o capítulo final da saga em dois filmes revelava, desde logo, uma preocupação de rentabilização que só pode resumir-se numa frase muito simples: dois filmes podem render mais do que um...

Veja aqui o trailer:

[youtube:KmYNkasYthg]

O resultado prático é a banalização da energia simbólica desta saga sobre uma juventude vigiada por um poder político de raiz televisiva que pouco ou nada conserva das singularidades do primeiro The Hunger Games (2012), realizado por Gary Ross.

E o talento de Jennifer Lawrence, para mais filmada de maneira "decorativa", não basta.

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