O clima e a sustentabilidade no palco da Womex

No segundo dia da Womex, 2022 uma das conferências focou-se nas soluções para resolver estas problemáticas ambientais. O DN vistou a feira e falou com alguns dos intervenientes e expositores.
Publicado a
Atualizado a

"Quero que as pessoas saibam que há ações estão ao seu alcance e que há pelo menos alguma coisa que podem fazer em relação às alterações climáticas", disse Keron Niles na conferência de Climate Change and Music que decorreu esta quinta-feira na feira internacional de música, Womex.

A feira internacional de música que envolve mais de 2600 profissionais da área da música começou ontem em Lisboa.

Keron Niles, da Universidade de West Indies e investigador na área das alterações climáticas e cultura, Becky Hazlewood , compositora, Anna Johnson, do Involved Group, especialista em sustentabilidade e impacto social, e Horst Weidenmüller, da empresa de música !K7 Music formaram o painel que esta quinta-feira se focou na problemática das alterações climáticas na industria da música - uma das conferências do extenso programa da Womex.

Os oradores aconselharam que os artistas peçam às suas empresas e recintos de concertos iniciativas mais sustentáveis, como por exemplo: comida vegan e erradicar produtos de plástico durante os seus concertos.

Os Coldplay são um exemplo de músicos que têm soluções sustentáveis para os seus concertos. Usam energia renovável durante os concertos e plantam árvores por cada bilhete vendido para os seus concertos.

O oradro Keron Niles vê os Coldplay como uma grande influência na indústria musical. "Eles têm mostrado que se pode fazer as coisas de forma diferente na indústria da música. Chamaram à atenção dos fãs e de outros músicos, o que é muito importante. Por isso, são vistos como uma fonte de inspiração", disse Keron Niles numa conversa com DN depois da conferência.

As letras das músicas são também uma forma de alertar para as questões climáticas. Alguns artistas tentam expressar-se e passar ideias através das suas canções. "Com os impactos do clima a tornarem-se cada vez mais fortes e com tempestades cada vez mais, mais músicas sobre esse assunto vamos ter", acrescentou.

Numa das bancas da feira do Altice Arena encontrava-se BaoBao Chen e Tim Cole, responsáveis pelo projeto Small Island Big Song que junta artistas das ilhas dos oceanos Índico e Pacifico. O objetivo é dar voz àqueles que sofrem com a crise climática, passando uma mensagem através da música.

."Temos esta banca graças à ajuda do ministério vietnamita. A ideia original era mostrar o que temos estado a fazer enquanto viajamos pelo Pacífico e Índico. Cantamos pelo oceano e pelas ilhas e estamos aqui em Lisboa para partilhar uma mensagem", disse BaoBao Chen numa conversa com DN.

"É tudo pela ação climática porque estas ilhas são as primeiras a sofrer com nível da água a subir Com o nosso projeto arranjamos uma maneira dos músicos falarem deste problema não como vítimas mas como ativistas",acrescentou.

mariana.goncalves@dn.pt

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt