O árbitro gay que luta pelo direito ao apito há cinco anos
Halil Dinçdag tem dois amores: a rádio e a arbitragem. Ambos foram-lhe negados em 2009, quando este turco de 38 anos resolveu tornar-se o primeiro árbitro a assumir, publicamente, a homossexualidade. Desde então, protagoniza uma longa batalha contra a Federação Turca de Futebol, que o fará apresentar-se hoje em tribunal pela 14.ª vez.
Dinçdag teve uma carreira de 13 anos na arbitragem, apesar de nunca ter sido profissional, uma vez que só apitava em jogos de competições amadoras e distritais, em Trabzon. O futebol era a ocupação dos fins de semana e a rádio o principal meio de sustento.
Até que, em 2008, Halil foi chamado para se apresentar ao serviço militar, numa altura em que escondia a sua orientação sexual. Mas os relatos que ouviu sobre o tratamento de que os homossexuais eram alvo no exército - discriminação, agressões e, por vezes, pressão que levava ao suicídio - levou-o a assumir, de imediato, que era homossexual, algo que de resto teria de ser clarificado nos exames médicos.