O amor depois do #MeToo: como seduzir sem arriscar uma acusação de assédio
"Sempre tive muita atenção para não passar a linha que separa o "engate" do abuso", diz Nuno Faria, 25 anos, solteiro. Cátia Brites, quatro anos mais velha e na mesma condição, diz que "até pode dar conversa", mas deixa sempre "bem claro o que não quer". O problema, refere, é que "não se consegue controlar a expectativa que o outro cria". Depois, "ter de dizer não tanta vez é muito incomodativo", desabafa.
Ambos, que vivem nas fronteiras de Lisboa, concordam que o movimento #MeToo, cujo eco se fez ouvir no mundo desde outubro de 2017, pouco ou nada mudou por cá. Aliás, as denúncias feitas ao abrigo da hashtag (#) não revelaram vítimas nem despiram abusadores no exercício do poder indesejado em contexto laboral nacional.
Mas e no resto? A noite, o engate, o enamoramento, as aplicações de encontros, os beijos roubados e os primeiros passos mudaram? "Não creio", responde Cátia. "Continua tudo igual. Sais à noite e sentes que há sempre o olhar de querer levar alguém para a cama.E há muita pressão, até por parte das próprias amigas, que querem saber o que aconteceu depois e lembram que "aquele" rapaz bem podia ser um bom partido", graceja.
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