O 'evolucionismo' de Darwin
O 'homem da canoa' renasceu na pele de bebé morto às cinco semanas
O evolucionismo, ou teoria da evolução, está para o criacionismo e Adão e Eva como a água para o azeite. O cientista inglês Charles Darwin, autor de A Origem das Espécies, está para John Darwin, o "homem da canoa" inglês, como o dia para a noite.
Já muito se falou sobre o Darwin do século XIX, nem tanto sobre o Darwin do século XXI, mas, ainda assim, o quanto baste para lhe sabermos a idade (57 anos), a antiga profissão (guarda prisional) e, mais vagamente, o que terá feito nos cincos anos em que esteve "morto".
Alegadamente, estava endividado até ao tutano. Por isso, engendrou um esquema, com a cumplicidade da mulher, Anne, de 55 anos. Ia "morrer". E assim foi. "Morreu" no dia 21 de Março de 2002, a bordo de uma canoa no mar do Norte, na zona de Seaton Carew. Anne chorou-lhe a "morte", dilacerada. O casal tinha - tem - dois filhos, Mark e Anthony Darwin, de 32 e 29 anos, respectivamente, que também verteram lágrimas, estas, por ignorância, genuínas. Lágrimas que terão secado à medida que iam percebendo que a progenitora vendia todas as propriedades da família, pondo em causa a herança da família Darwin.
John, que "ressuscitou" numa terça-feira, 11 de Dezembro de 2007, terá negociado o silêncio de Anne: ele ficava com o dinheiro do seguro de vida (34,7 mil euros) e ela com o resto (222,2 mil euros).
"Regressado" aos vivos, Darwin foi detido pela polícia inglesa - o mesmo acontecendo posteriormente com a mulher -, suspeito de fraude.
Já que não tinha de dar explicações a ninguém, nem à viúva nem a si próprio, o cidadão inglês correu mundo. Só que os "mortos" não viajam, que se saiba, pelo que decidiu desenrascar-se na obtenção de um passaporte com nova identidade. "Roubou" a de um bebé, John Jones.
Como o fez? Declarado oficialmente "morto" em 2003, John começou a ler com muita atenção as necrologias publicadas nos jornais por alturas do seu nascimento à procura de bebés mortos. Encontrou um, John, como ele, Jones, que, prematuro e subnutrido, morreu com cinco semanas de vida, vítima de enterite, no dia 27 de Março de 1950. Seria enterrado a 3 de Maio no cemitério central de Sunderland.
"Nascera" um novo homem: "John Jones", que terá copiado a certidão de nascimento do bebé, para, assim, conseguir passaporte. O documento foi usado, nomeadamente, em viagens a Gibraltar e Espanha, em 2005. E, ainda, aos EUA, onde se terá perdido de amores por Kelly, de 39 anos, uma dona de casa americana casada e mãe de três filhos, que conhecera na Internet. Ter-lhe- -á mesmo comprado um rancho, que, estando em nome dela, em nome dela ficou depois de se afastarem um do outro.
Desfeito o "luto", Anne terá, entretanto, outra versão dos acontecimentos: Darwin, afinal, sempre esteve por perto, muito perto mesmo. Exactamente na casa ao lado daquela que o casal habitava em Seaton Carew, Hartlepool. Para comunicarem, um buraco na parede, tapado por um armário, que era empurrado à medida das necessidades.
Não havia necessidade...