Número de desempregados baixa 50 mil em um ano

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Número de desempregados baixa 50 mil em um ano

Desemprego caiu 11,4% em Março face a 2007

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego continua a descer. Em Março, havia menos 50,3 mil pessoas à procura de trabalho, face ao mesmo mês de 2007. Isto representa uma quebra de 11,4%, para um total de 391 mil candidatos a um posto de trabalho, revelou ontem o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

João Proença, secretário-geral da UGT, afirmou ao DN que o desemprego pode estar num ponto de viragem, depois de muitos anos a subir. "É preciso ver se esta tendência é sustentada e se corresponde aos números do INE [Instituto Nacional de Estatística], que não têm descido". De qualquer forma, João Proença considera que os dados do IEFP são "positivos", embora enquadrados num crescimento económico do País "relativamente baixo".

Uma análise mais detalhada aos números do IEFP permitem constatar que são as mulheres as mais penalizadas e, pior ainda, é no sexo feminino que o desemprego menos diminuiu (-9,3% face a uma quebra de 14,4% nos homens). Todos os níveis de habilitação escolar registavam menos desempregados do que em Março de 2007 e Fevereiro deste ano. Os decréscimos anuais mais significativos verificaram-se no 2º e 1º ciclos do ensino básico (-16,5% e -14,6%, respectivamente).

Em relação às profissões, há cinco grupos que representam mais de metade nos inscritos dos centros de emprego. São eles os "trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio", "pessoal dos serviços de protecção e segurança", dos "empregados de escritório", "trabalhadores não qualificados das minas, construção civil e indústrias transformadoras" e "manequins, vendedores e demonstradores".

João Proença destacou, pela positiva, o sector da construção, que "durante muitos anos perdeu emprego e agora surge alguma reanimação". Também o sector têxtil, acrescentou, "foi muito afectado no passado, havendo agora sinais de estabilização".

Tal como se verificou em Fevereiro, a nível percentual, as maiores subidas do desemprego estão entre os profissionais das ciências da vida e da saúde. Aliás, estas foram as únicas profissões que aumentaram o desemprego, todas as outras diminuíram.

O desemprego de longa duração, (um ano ou mais de inscrição), representava, 40,8% do total do desemprego registado e, em termos de evolução, sofreu uma redução anual de 8,9%. O desemprego de curta duração (menos de um ano de permanência em ficheiro), diminuiu ainda mais (-13,%), em termos homólogos.

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