Novo 'Sharan' já aquece motores na Autoeuropa em Palmela
José Sócrates elogiou ontem o novo Volkswagen Sharan que está a ser produzido na fábrica da Autoeuropa em Palmela e que o primeiro-ministro experimentou na pista de testes, durante uma visita à filial portuguesa da marca alemã.
"É um excelente carro", disse Sócrates aos jornalistas, referindo-se a esta segunda geração do monovolume, que marcou o início da produção da Volkswagen em Palmela há 15 anos, como um carro "histórico", que "orgulha muito" a indústria do País e os portugueses.
O novo veículo, que sairá para o mercado no Outono, vai dar um novo impulso à produção da Autoeuropa, depois dos momentos difíceis que atravessou nos últimos dois anos. O director-geral da empresa, Andreas Hinrichs, aponta para um aumento de 15% da produção este ano, já com os novos Volkswagen Sharan e Seat Alhambra, atingindo cerca de 100 mil unidades, o maior volume desde 2005.
Neste momento, a fábrica já tem um volume de produção 6% superior ao de 2009 e mais 300 trabalhadores do que há um ano, disse Andreas Hinrichs, declarando--se satisfeito "com o presente e com as perspectivas para o futuro próximo", e garantindo não existir "um risco" para a Autoeuropa. "Em 10 semanas chegaremos à máxima capacidade de produção, de 300 carros por dia, e acreditamos que, em 2011, teremos capacidade suficiente para manter o volume de 500 carros por dia", sublinhou o mesmo responsável.
"Estamos perante boas notícias para a economia e que dão maior confiança a esta fábrica e a este grupo", disse por sua vez José Sócrates, elogiando os bons resultados da "gestão flexível" de recursos humanos da empresa e lembrando as medidas tomadas pelo Governo em 2008 para garantir os postos de trabalho através de programas de formação.
"No final de 2008, o Governo celebrou com toda a indústria automóvel um contrato que permitiu colocar em formação muitas pessoas que, se nada tivesse sido feito, teriam caído no desemprego", recordou o primeiro-ministro, referindo-se ao Plano de Apoio ao Sector Automóvel (PASA). "Esse contrato permitiu colocar as pessoas em formação, mantendo os seus empregos com a ajuda do Estado", frisou Sócrates, assegurando que "graças a essas medidas, a Autoeuropa não só pode manter todos os postos de trabalho, como tem hoje uma equipa valorizada".
Acompanhado na visita pelo ministro da Economia, Vieira da Silva, e pelo antigo titular da pasta, Manuel Pinho, o primeiro--ministro salientou, ainda, que a celebração desses contratos com a indústria automóvel "só foi possível" na sequência da revisão da legislação laboral de 2008.