Novo 'design' recicla colheres e papéis
Colheres de café e de galão retorcidas, malas feitas de restos de sacos de plástico e fadas decorativas moldadas com papel de jornal e de listas telefónicas fazem parte do rol de produtos expostos na feira Crafts & Design, que ontem decorreu no Jardim da Estrela, Lisboa, e se repete no primeiro domingo de cada mês.
"É uma feira que tem uma identidade própria e procura formas de reinventar os materiais e olhar para eles de outro modo", explicou Mafalda Barbosa, da Arquitexturas, responsável pela organização.
Segundo referiu Luísa Sítima, também da organização, este certame, que se estreou "em Setembro de 2006 com 20 expositores e ontem teve 40", pretende "distinguir-se das restantes feiras de artesanato, apresentando peças únicas, com design de grande originalidade, recorrendo à reciclagem".
E é isso mesmo que fazem Sofia Lameiras e Bettina Breuninger. Aproveitam artigos que já não se utilizam e confeccionam malas de tecido com gravatas a servir de alça. Na banca ao lado, Sandra Guerreiro expõe malas e carteiras que faz com sacos de plástico reciclados.
Miguel Puga, que trabalha na Bolsa e se entretém a dobrar colheres "para descontrair", descobriu um novo negócio. Vende pregadeiras feitas de colheres de café e de galão com os cabos retorcidos a criar vários efeitos.
Mais à frente, João Pereira apresenta fadas decorativas para velas ou que servem de espanta-espíritos, elaboradas com restos de papéis velhos.
Marina Rosa, mais dada à metafísica, vende frasquinhos com óleos anti-depressivos e relaxantes e pequenas almofadas "para colocar sobre os olhos e descontrair toda a zona ocular".