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A nova versão implicou maior investimento da empresa, envolvendo um número de pessoas superior a versões anteriores", explica Carlos Amaral, responsável da Priberam - que coordenou o desenvolvimento do FLIP5. A grande inovação é a introdução no programa de auxiliares de tradução para as línguas portuguesa, francesa e inglesa, que exigiu a colaboração de mais de 30 pessoas em Portugal e França.

Depois de ter sido pioneira no desenvolvimento de uma ferramenta para a ortografia do português, com o Lince (1992), a Priberam lançou a primeira versão do que é hoje o FLIP em 1995. Na altura, o produto foi baptizado com o nome Ferramentas para a Língua Portuguesa, sobrando hoje as iniciais que lhe dão rosto.

Em termos de funcionalidades, o software tem agora 30 módulos, onde se incluem o corrector ortográfico, o hifenizador, um corrector sintáctico, dicionários temáticos e os já mencionados auxiliares de tradução. Estão integradas algumas ferramentas para sete línguas (Português europeu, Português do Brasil, Inglês, Alemão, Espanhol, Italiano e Francês), sendo o programa compatível com aplicações do Microsoft Office (Word, Powerpoint, Excel, Outlook), Adobe, Macintosh e os sistema de edição Milenium (da Protec) e Hermes (da Unysis).

Uma diferença importante em relação à versão anterior é a introdução de corrector sintáctico também para o Português do Brasil, mercado onde a empresa pretende apostar. O responsável da Priberam estima que existam actualmente perto de 40 mil utilizadores das várias versões do FLIP, mas acredita que esse número pode crescer exponencialmente com a entrada no mercado brasileiro. Na verdade, olhando por exemplo para o FLIP on-line, o dicionário de Português do Brasil disponibilizado gratuitamente pela empresa na Internet em www.flip.pt, o administrador da Priberam diz que nos últimos 4 meses o site foi utilizado por 145 mil pessoas, das quais metade do Brasil.

Neste momento, decorrem negociações com uma grande editora brasileira, que está a estudar a possibilidade de licenciar o produto e assumir a distribuição do software naquele país.

Outra prioridade da Priberam é levar o FLIP para Moçambique e Angola. A PME nacional de software está a preparar uma versão do programa para o Português destes países, ao abrigo de um protocolo já rubricado com o Instituto Nacional de Estatística (INE).

"Não se trata de desenvolver um programa de raiz, como no caso do Brasil. A ideia é adaptarmos o Português europeu às especificidades dos PALOP, incluindo um base de dados com termos e nomes locais", explica ainda Carlos Amaral.

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