Nova Iorque. Irá o Empire State Building ter um rival?
Além do Empire State Bilding, há mais 17 arranha-céus em Nova Iorque, mas nenhum da altura do primeiro. Mas se o empresário Harry B. Macklowe conseguir ver aprovado o seu projeto para construir uma super torre, a leste da 5.ª Avenida, entre as ruas 51 e 52, com vista para a Catedral de St. Patrick, então o Empire terá um rival à altura, segundo o jornal New York Times.
A ser aprovado este será o segundo edifício mais alto de Nova Iorque. O Tower Fifht pairaria 65,8 metros acima do telhado do One World Trade Center - que continuaria a ser o prédio mais alto da cidade americana pois, com o seu mastro, atinge a altura oficial de 541 metros.
"É uma oportunidade de mudar a linha do horizonte", diz Macklowe, de 81 anos. Mas o seu projeto ainda tem muito caminho para percorrer. Logo porque pode afetar cinco edifícios de referência - Edifício Look, duas moradias, o Rockefeller Center e a Catedral de St. Patrick - e, portanto, necessita da aprovação da Comissão de Preservação destas propriedades.
O edifício agora proposto exigirá biliões de dólares para ser construído e inclui uma fachada cara e eficiente em termos energéticos, raramente vista nos Estados Unidos. Além das instalações luxuosas, incluirá também uma piscina olímpica, sala de ioga, pista de corrida de vários níveis e um observatório mais alto da cidade.
Moradores e inquilinos pagam uma espécie de prémio pelos andares mais altos, especialmente se eles oferecem vistas desobstruídas para uma zona que é considerada uma joia da cidade como o Central Park. "Não há limite para o quanto as pessoas vão pagar para chegar perto do céu", disse Mitchell Moss, professor de planeamento urbano da Universidade de Nova Iorque.
Os avanços da engenharia e da tecnologia, o ego dos empresários e o potencial de lucro impulsionaram a construção de torres cada vez mais altas. A única zona em que este movimento foi mais rápido do que em Nova Iorque foi o Dubai, onde 29 super edifícios foram construídos desde 2008.
Mas há muita gente em Nova Iorque que critica esta corrida às torres, pelo seu impacto social e ambiental. Sobretudo na zona da Avenida 57, conhecida como a rua dos bilionários, e onde se concentram várias torres, as luzes de muitos apartamentos nem acedem à noite porque muitos deles foram vendidos a estrangeiros, que passam relativamente pouco tempo na cidade.
Muitos nova-iorquinos estão desanimados com esta transfiguração da cidade e já há grupos cívicos a gerar uma onda de protesto. A proliferação dos arranha-céus coloca a cidade sob o risco de se tornar "mais e mais sombra e mais austera", escreveu a Sociedade Municipal de Artes, organização sem fins lucrativos.