Nissan Qashqai: um, dois, três! Vai vender outra vez...

Best-seller nipónico chega à terceira geração com alma renovada e motores híbridos com 140 cv e 158 cv.
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Há um antes e um depois do lançamento, em 2007, da primeira geração do Nissan Qashqai. Ninguém o negará. Verdade que já existiam SUV no mercado nacional, mas este modelo nipónico mudou, por completo, as regras do jogo. Trouxe luz e cor a um segmento que ainda vivia nas "trevas". Democratizou o conceito. Fê-lo chegar às massas, rendidas a um design invulgar, na altura, a uma gama de motores competentes, a um espaço interior amplo, e até, admitamos, a uma publicidade inspirada. Ah, e claro, e não menos importante: tinha uma política de preços agressiva.

Não será por acaso que o Qashqai é líder de vendas de crossovers, no nosso país, há 14 anos. Desde sempre. Segundo contas da Nissan, são já mais de 57 mil unidades vendidas em solo português. Um modelo que mudou tudo.

Por tudo isto, a chegada a Portugal da terceira geração do Qashqai alimenta grandes expectativas. Importava não mudar muito deste modelo que tudo mudou. Mas antes atualizá-lo, tecnologicamente, de forma a continuar a ditar tendências, num segmento cada vez mais disputado. Do ponto de vista estético, a evolução, é muito discreta.

O novo Qashqai é o primeiro modelo na Europa a utilizar a plataforma CMF-C, uma inovação que permite grandes progressos dinâmicos e na gestão do espaço interior. Além disso, o SUV cresce em quase todos os sentidos: mais 21 mm em comprimento, para 4429 mm, 32 mm em largura e 20 mm, na distância entre eixos.

CitaçãocitacaoNa terceira geração do Qashqai, a Nissan erradicou o diesel das suas contas. Aposta na eletrificação, via hibridização, e na gasolina para combustão interna.

No habitáculo, sublinhem-se os novos materiais para os estofos e os acabamentos em pele artificial, com um padrão tridimensional em diamante, que demora 25 dias a produzir e mais de 60 minutos a bordar.

Com a terceira geração do Qashqai, a Nissan erradicou, definitivamente, o diesel das suas contas. A aposta na eletrificação, via hibridização, é evidente e apenas a gasolina sobrevive em matéria de combustão interna.

O novo sistema e-Power do Qashqai é uma evolução do já comercializado no Japão no Note. Composto por uma bateria de elevado rendimento e um grupo motopropulsor elétrico de 140 kW/190 cv está integrado com um motor a gasolina de 157 cv, com taxa de compressão variável, um gerador de energia e um inversor.

A motorização conta com três modos de condução: Standard, Sport e Eco. No modo Standard, o automóvel produz aceleração excelente e a regeneração é melhorada para simular a travagem do motor de um veículo a gasolina tradicional No modo Sport, este melhora ainda mais a resposta de aceleração com tempos de desativação do motor reduzidos, principalmente, num contexto de condução desportiva. Em Eco, o automóvel entra em modo de poupança de combustível otimizando a gestão da bateria e permitindo que o condutor selecione uma velocidade de cruzeiro para garantir uma condução mais "poupada" na autoestrada.

Numa primeira fase do lançamento, o Qashqai III estará disponível com o motor 1.3 DiG-T, com mild-hybrid de 12V, um sistema que dá um apoio elétrico em aceleração, uma paragem ao ralenti alargada e um reinício rápido do motor e apoio à velocidade cruzeiro [apenas Xtronic]. Os benefícios em termos de consumos e emissões de CO2 (-4g/km) ajudam a explicar o investimento neste sistema.

Durante a desaceleração, a energia é recuperada e armazenada na bateria de 12V de iões de lítio. Mais tarde, será utilizada, durante a paragem ao ralenti, movimento a velocidade de cruzeiro e assistência ao binário.

Ao circular a velocidade de cruzeiro, a velocidades inferiores a 18 km/h, e se acionar o travão, o motor desligar-se-á e a energia armazenada será utilizada para alimentar o equipamento elétrico do veículo. Tal permite prolongar a paragem do motor e reduzir os consumos.

O sistema mild-hybrid é associado ao motor 1.3 DiG-T a gasolina. Trata-se de um "velho conhecido", lançado há três anos, mas que ganhou, nesta nova geração, 50 componentes, já enquadrados com a norma Euro 6-d.

O motor a gasolina de 1.3 litros tem dois níveis de potência: 140 e 158 cv. E pode contar com uma transmissão manual de seis velocidades ou com a nova caixa de velocidades Xtronic (apenas a versão de 158 cv).

O novo Qashqai está à venda por um preço que começa nos 32 mil euros (1.3 DIG-T mHEV 140 cv 4x2 Acenta, equipado com caixa manual de seis velocidades) e termina nos 43 500 euros do 1.3 DIG-T mHEV Xtronix 4x2 Tekna+.

dnot@dn.pt

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