Netflix deixa os dois maiores trunfos fora de Portugal
Nem House Of Cards. Nem Orange Is The New Black. Quando o Netflix chegar finalmente ao mercado português, em outubro deste ano, aquelas que são, indiscutivelmente, as duas séries originais mais populares e galardoadas do seu catálogo não estarão dentro do leque de oferta do maior serviço de televisão por Internet, a partir de 7,99 por mês. No que toca às novas séries originais que os portugueses poderão ver, o serviço vai disponibilizar todos os episódios, de uma só vez [prática habitual da plataforma], de Sense8, Demolidor, Bloodline, Grace and Frankie, Unbreakable Kimmy Schmidt e Marco Polo. Ainda, fazem parte da oferta do Netflix documentários como Virunga, Mission Blue e Chef"s Table, bem como especiais de stand-up e programação infantil.
De fora ficam os planos de corrupção, vingança e malvadez de Frank Underwood, o presidente dos EUA em House Of Cards. Vencedor de quatro Emmys e a primeira série online a vencer um galardão nessa cerimónia, o aclamado drama político protagonizado por Kevin Spacey e Robin Wright tem sido exibido em Portugal no TV Séries (aqui de forma mais atual, com as três temporadas) e na SIC [ainda na primeira]. Excluída dos conteúdos iniciais do Netflix em Portugal está também Orange Is The New Black, a série de drama e comédia criada em 2013, que tem como cenário principal uma prisão de mulheres, e cuja terceira temporada está a poucos dias de se estrear nos EUA. A trama, que curiosamente ainda não chegou ao mercado português, tem recebido os elogios da crítica e já arrecadou três Emmys e um Globo de Ouro.
De resto, todos os conteúdos estão legendados em português e poderão ser visualizados sempre que o espectador queira e as vezes que pretenda, através de qualquer dispositivo com ligação à Web, como televisores, tablets, smartphones, consolas de videojogos, portáteis, computadores ou leitores Blu-Ray). Fundada pelos norte-americanos Reed Hastings e Marc Randolph em 1997, o Netflix apresentou um crescimento fora do normal nos últimos anos, quando começou a apostar em programação original e aclamada pela crítica. Disponível em 50 países, já acumula 62 milhões de assinantes no mundo e os níveis de consumo não param de subir: entre janeiro e março deste ano, foram visualizadas mais de 10 mil milhões de horas de conteúdos.