Netanyahu não sai da residência oficial. Bennett não se quer mudar para lá
Benjamin Netanyahu, que esteve 12 anos no poder, passou a chefia do governo a Naftali Bennett, mas não parece disposto a entregar-lhe as chaves da residência oficial de primeiro-ministro.
Nada de novo. Em 1999, após acabar o primeiro mandato, Netanyahu terá demorado seis semanas a sair. Desta vez, o ex-primeiro-ministro está a ser ameaçado com um processo judicial se não deixar, até 27 de junho, a casa onde vive com a mulher Sara e o filho Yair e onde continua a fazer eventos oficiais, às custas dos contribuintes.
"Chegou a altura, após 12 anos de alienação e desajustamento, de a família Netanyahu perceber que a residência do primeiro-ministro é um bem público e sair voluntariamente num curto período de tempo, como é prática numa democracia a sério", lia-se na carta enviada ao tribunal por opositores ao ex-chefe do Governo.
Mesmo com a residência vazia, Bennett não tem planos para se mudar, pelo menos para já, preferindo ficar na casa onde vive para não tirar os filhos da escola. A decisão de ficar da sua casa, uma mansão espaçosa num bairro cheio de sinagogas, está a irritar os vizinhos, impedidos de seguirem com as suas vidas normais devido ao aparato de segurança em torno do novo chefe do Governo e da família.
No dia 13, o Parlmento israelita aprovou o novo governo. Dos 119 deputados presentes (de um total de 120), 60 votaram a favor da nova coligação, que integra oito partidos que vão desde a direita à esquerda, incluindo o apoio de um partido árabe.
59 deputados, a maioria do partido Likud de Netanyahu e de partidos de extrema-direita e ultraortodoxos, opuseram-se a esta nova solução governativa para Israel.