Navio foi desencalhado e tráfego do canal de Suez normalizado
A Autoridade do Canal de Suez anunciou esta segunda-feira que o navio cargueiro que estava encalhado naquela que é uma das rotas de comércio marítimo mais movimentadas do mundo, voltou a movimentar-se e o tráfego foi restabelecido.
A empresa de serviços no canal Leth Agencies tinha confirmado, ao início da manhã desta segunda-feira, que o navio, o 'MV Glory', estava encalhado perto da cidade de Qantara, na província de Ismailia, no Canal de Suez.
Segundo a empresa, três rebocadores foram enviados para o local para voltar a colocar a embarcação em movimento.
As autoridades não avançaram ainda informações sobre o que fez o navio encalhar, mas algumas regiões do Egito, incluindo as suas províncias do norte, registaram mau tempo no domingo.
O presidente da Autoridade do Canal do Suez, Oussama al-Rabie, garantiu, entretanto, que o tráfego do canal -- por onde passa 10% do comércio mundial -, não foi interrompido pelo incidente do cargueiro 'M/V Glory'.
"O tráfego esteve sempre normal no Canal do Suez, lidámos profissionalmente com o incidente", referiu.
Em março de 2021, o Ever Given, um navio porta-contentores de quase 200 mil toneladas, encalhou na margem leste do canal durante uma tempestade de areia.
O navio bloqueou durante seis dias a principal rota de tráfego entre a Europa e a Ásia, onde passa cerca de 10% do comércio marítimo mundial.
A operação de resgate custou a vida de um agente da Autoridade de Gestão do Canal de Suez.
Em maio, o Presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sisi, aprovou um plano para ampliar e aprofundar ainda mais a parte sul do canal em que o navio ficou preso.
De acordo com a operadora, o Egito perdeu até 15 milhões de dólares (14 milhões de euros) por dia devido ao bloqueio, enquanto as seguradoras estimaram em milhares de milhões de dólares as perdas diárias para o comércio marítimo mundial.
Em julho, o canal de Suez anunciou um lucro recorde de sete mil milhões de dólares (6,6 mil milhões de euros) no ano fiscal de 2021-2022, depois de aumentar repetidamente as taxas de trânsito de navios.