Navio da Greenpeace apresado pela Rússia regressa

Um navio da organização Greenpeace, o "Arctic Sunrise", apresado desde setembro pela Rússia depois de uma ação dos militantes ecologistas numa plataforma da empresa Gazprom, deixou hoje o porto russo de Murmansk (norte) para Amesterdão.
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"Esta noite, após uma inspeção efetuada pelos serviços alfandegários, o 'Arctic Sunrise' foi autorizado a deixar Murmansk. Dentro de dez dias, vai chegar ao porto de Amesterdão, onde decorrerá uma cerimónia solene com a tripulação que foi detida em Murmansk", indicou a organização ecologista não-governamental num comunicado.

O navio, cujo apresamento foi levantado a 06 de junho pelas autoridades russas, seguirá para "uma inspeção e reparação completas", precisou a Greenpeace.

O "Arctic Sunrise", com pavilhão holandês, foi apresado pelas forças de segurança russas em setembro do ano passado na sequência de uma ação dos militantes da Greenpeace numa plataforma da companhia gasífera Gazprom, no Ártico russo.

Os militantes foram inicialmente acusados pela justiça russa de "pirataria" e posteriormente de "vandalismo", antes de serem libertados sob caução, em novembro.

"O caso sobre a ação na plataforma da Gazprom ainda não terminou: o inquérito foi prolongado até 24 de setembro", indicou a organização no mesmo comunicado.

Vladimir Chuprov, responsável para as questões energéticas da Greenpeace Rússia, saudou os recentes esforços do Governo russo em defesa do ambiente no Ártico, registados desde o ano passado.

O Presidente russo, Vladimir Putin, pediu ao Governo e às sociedades públicas esforços de preservação do Ártico, e a Gazprom adotou um novo plano de ação para casos de derrames de petróleo.

"Todos estes progressos ocorreram depois" da ação da Greenpeace no Ártico, de acordo com Chuprov, citado no comunicado.

A ação do 'Arctic Sunrise' "chamou a atenção do mundo para os riscos ligados à exploração petrolífera no Ártico", sublinhou o responsável.

Diário de Notícias
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