Não os deite fora

Visita à central de triagem onde se faz a separação dos resíduos recolhidos em mais de 2800 farmácias do país, de onde saem para serem valorizados através da reciclagem ou destruídos pela queima em incineradores.
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Luba Lizogub encontra muitas vezes «coisas estranhas» no lixo que remexe todos os dias. Há duas semanas, a empresa onde trabalha recebeu um telefonema com um pedido para vasculhar todos os contentores que recebeu em determinado dia. Num deles, estaria um saco fechado com embalagens de medicamentos fora de uso e dentro de uma dessas embalagens era suposto estarem jóias. Os nove operários da Ambimed empenharam-se na busca ao tesouro e «em meia hora», diz a ucraniana, «o ouro foi encontrado». Porque foram parar a uma caixa de medicamentos que entretanto expirou e foi, como deve, entregue na farmácia, é mistério que só quem os colocou aí pode desvendar. Luba também já achou dez euros, não reclamados pelo dono.

É na Ambimed, em Torres Vedras, que desde Janeiro deste ano se faz a triagem e a separação de todos os resíduos de medicamentos fora de prazo que os portugueses entregam nas farmácias de todo o país, incluindo ilhas. Três pavilhões de 450 metros quadrados cada chegam para «despejar» as centenas de contentores que os distribuidores recolhem em cerca de 2816 farmácias aderentes ao sistema Valormed - entidade que a nível nacional gere o SIGREM, Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens e Medicamentos. Num pavilhão estão depositados os contentores que aguardam triagem; noutro, grandes sacos separados por tipos de embalagens que daí serão encaminhados para um de dois destinos: reciclagem ou incineração. É no pavilhão do meio que tudo se passa.

No centro das operações

Nove pessoas estão de volta de um tapete rolante, metendo as mãos em grandes e largos caixotes de plástico. É Nuno Rocha que inicia todo o processo. De máscara na cara, luvas e x-acto nas mãos, em gestos repetidos, automáticos, abre os contentores amontoados a um canto, despeja-os em caixotes e atira-os para o tapete. Os que fazem a separação, agarram num caixote e não o largam até o fundo ficar vazio. Abrem as embalagens, retiram-lhes a bula, o blister, o frasco, a colher e o mais que tiverem, colocando tudo em recipientes próprios, consoante a composição dos materiais. Um dos recipientes é um balde vermelho; o de Paulo Mendes tem mais conteúdo. Paulo enfia a mão no balde e mostra um blister com meia dúzia de Valiums: «Estes não podemos juntá-los aos outros, são perigosos». Existe uma lista com o nome de medicamentos do grupo dos citotóxicos, estupefacientes e psicotrópicos, que devem ser separados dos restantes, em recipientes vermelhos e, depois, fechados em sacos de plástico também vermelhos. Dos fármacos perigosos constam, além de Valium, Xanax, Lexotan, Alprazolam, Bialzepam, Dolviran, Zolpidem, Morfina, Alkeran, Endoxan, Metoject, Estracyt, e mais - a lista é extensa e quem separa tem de sabê-la de cor. Luba está aqui a trabalhar há um mês e já gravou na memória as marcas de medicamentos que devem ir para o contentor vermelho. Paulo não acumula muito mais experiência mas não sente dificuldades.

Ouro e dinheiro é coisa rara no meio deste lixo; mais amiúde surgem isqueiros, telemóveis ou malas de mão. Também aparecem objectos que deviam ser entregues nos centros de saúde em vez de nas farmácias, como agulhas, seringas, medidores de glicemia, material contaminado com sangue (tiras da diabetes), termómetros de mercúrio. Apesar de a Valormed disponibilizar técnicos para informarem os farmacêuticos e a população, ainda há quem confunda o que deve e o que não deve levar para as farmácias. O erro nem sempre é detectado pelo pessoal de farmácia: «Quando as pessoas vêm entregar os medicamentos, habitualmente trazem-nos dentro de sacos de plástico fechados que distribuímos para esse fim. Estando fechados, dificilmente conseguimos perceber o que têm dentro», justifica a farmacêutica Raquel Silva, da Farmácia Alto dos Moinhos, em Lisboa.

Os utentes só têm de se deslocar a uma farmácia e colocar num contentor próprio apenas os medicamentos fora de prazo e respectivas embalagens. Algumas farmácias têm o contentor bem à vista. Na de Alto dos Moinhos está mesmo em frente à porta; impossível não reparar nele, mas ainda assim, adianta Raquel, «falamos constantemente com as pessoas sobre a importância desta recolha». Desde logo «chamamos a atenção para o factor que mais as preocupa: a segurança dentro do domicílio, em especial se houver crianças ou idosos. No meio de muitas caixas de fármacos, havendo um ou outro fora de validade, há o risco de ingestão por engano». Do ponto de vista ambiental, acrescenta, «é uma forma de evitar que os compostos químicos que constituem os fármacos vão parar a um aterro, onde poderão ser ingeridos por animais ou provocar lixiviados no solo, alcançando as linhas de água, os aquíferos, os rios».

E se forem parar a um aterro?

Em Portugal há uma lacuna de dados relevantes sobre a ocorrência e os efeitos dos fármacos no ambiente, que possam permitir rigor na avaliação do risco. No entanto, parece não suscitar dúvidas que os impactes dos resíduos de medicamentos não são inócuos quando depositados em aterros ou enviados para o esgoto, mesmo se em quantidades residuais. Um dos poucos estudos nacionais sobre esta matéria foi orientado pela investigadora Angelina Lopes Pena, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, no âmbito do qual procedeu à monitorização analítica de resíduos de medicamentos em amostras de águas do rio Mondego, de águas residuais de quatro hospitais e da ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) de Coimbra. Angelina e a sua equipa encontraram em águas de superfície e em águas residuais municipais «fluoroquinolonas [antibióticos sintéticos aplicados na prática clínica humana e animal] em poucas quantidades», que durante o processo de tratamento sofreram uma remoção «de noventa por cento». Isto denuncia a incompleta eliminação de antibióticos nas ETAR, o que para a investigadora significa que deve «continuar a trabalhar na melhoria dos processos de tratamento, de forma a impedir a entrada e a persistência de antibióticos no meio aquático».

Com este estudo, inédito em Portugal e vencedor do Prémio Valormed - Investigação 2010, fica reforçada a certeza de que o caixote do lixo, o lava-loiça, o lavatório ou a sanita não são a forma ambientalmente mais segura de nos livrarmos de medicamentos fora de uso. O impacte varia consoante o destino dado aos resíduos, sendo que, «a situação que pode causar maiores danos no ambiente e na saúde pública é o despejo, principalmente de antibióticos, no sistema de saneamento doméstico» (esgoto), como reforça o ambientalista da Quercus, Pedro Carteiro, especialista em resíduos. O problema dos antibióticos está nos seus «princípios activos, que podem passar pelo tratamento nas ETAR sem serem totalmente removidos, e, dessa forma, contaminar os meios receptores da água tratada, nomeadamente cursos de água, e das lamas resultantes do tratamento».

Apesar de o lixo, o lavatório ou a sanita não serem os meios de descarte mais recorrentes dos portugueses, são apontados num outro estudo, também vencedor do Prémio Valormed, como os mais fáceis e simples de limpar o armário da farmácia doméstica. Maria da Graça Martinho e Joana Santos, investigadoras da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa, estudaram o comportamento das famílias portuguesas em relação a estes resíduos, tendo como caso de pesquisa a península de Setúbal e como metodologia um questionário às farmácias e aos seus utentes. Conclusões: os destinos mais frequentes são, por esta ordem, a farmácia, o caixote do lixo, os ecopontos e, por último, o lavatório ou a sanita - motivos de «conveniência pessoal», por ser «mais prático» e «menos trabalhoso», foram apontados pelos inquiridos para justificar a colocação no caixote do lixo e o despejo pelo lavatório ou sanita. Esta pesquisa permitiu aferir que as pessoas que fazem a entrega nas farmácias são na maioria «mulheres» e «pertencem a todos os estratos sociais, com um ligeiro predomínio do médio e médio/baixo».

Incinerar o que não é reciclável

Luba Lizogub, Paulo Rocha e os restantes operários da Ambimed exercem função de muita responsabilidade, «não podemos desviar os olhos do que estamos a fazer para evitar erros». Nem tudo o que é recolhido nas farmácias e levado para ali pode ser reciclado, enquanto a Ambimed não dispuser de uma tecnologia do tipo três em um, que permita separar automaticamente os comprimidos do blister e, numa segunda fase, os materiais que compõem o blister - o plástico (pvc) da película de alumínio. Tanto o director-geral da Valormed, José Carapeto, como o director-geral da Ambimed, Fermin Retamero, desconhecem a existência de uma tecnologia capaz dessa proeza, mas garantem que as entidades que dirigem estão a trabalhar em conjunto com investigadores num projecto que tem em vista a sua invenção. «Qualquer processo a desenvolver e a aplicar a estas embalagens passará por uma de duas alternativas: ou se consegue separar física e/ou quimicamente os dois materiais e são ambos reciclados em cada uma das suas fileiras, a dos metais e a dos plásticos, ou se recicla a embalagem como um todo com potencial enquadramento na fileira dos plásticos (que representa a maior componente)». Caso vingue, este projecto permitirá «reduzir significativamente o volume de embalagens incineradas e aumentar a quantidade de resíduos reciclados», acredita José Carapeto. A responsável técnica pela central de triagem, Ana Teresa Santos, confirma a limitação das ferramentas existentes: «Pela forma como o plástico e o alumínio se encontram agregados numa só embalagem, não têm existido até à data tecnologias disponíveis que façam a reciclagem dos mesmos», de que resulta uma perda de muitas toneladas de resíduos para a reciclagem. Em 2010 a Valormed recolheu 838 toneladas (t), das quais 255 t foram enviadas para a reciclagem e um volume superior, 571 t, para a queima em incineradores na Valorsul (os resíduos considerados perigosos, do grupo IV, representam «uma ínfima parte do total de resíduos que esta central recebe por mês, na ordem dos 0,002 por cento», e o seu destino são os incineradores hospitalares). O objectivo é enviar para a reciclagem cinquenta por cento dos materiais, o que poderá ser alcançado «assim que tivermos tecnologia capaz. O projecto está ainda numa fase embrionária, as suas potencialidades ainda estão em fase de análise, nomeadamente quanto aos resíduos envolvidos bem como a investigação e avaliação técnica do processo físico-químico que mais se adequa à valorização dos resíduos em causa. Mas as expectativas são optimistas: «Se conseguirmos desenvolver essa tecnologia», asseguram José Carapeto e Fermin Ratamero, «não faria sentido fazer uso dela só em Portugal. Será uma tecnologia para vender, para ser utilizada também no estrangeiro».

Tirar dos blisters os comprimidos e as cápsulas manualmente obrigaria a mais mão-de-obra e ocuparia muito tempo, razão por que na Ambimed não se procede a esse trabalho, encaminhando tudo - medicamentos, plástico e alumínio ¬- para os incineradores. Os medicamentos não podem ser reciclados, o seu destino correcto é a incineração; o problema é que os blisters vazios também são queimados, não são valorizados. Separar o medicamento do blister, hoje em dia só é possível à mão, mas separar o pvc do alumínio já se consegue com as tecnologias existentes. A Prolixo, a empresa no Barreiro que antes da Ambimed assegurava para a Valormed a triagem deste tipo de resíduos, utilizava-a para separar o pvc do alumínio. E fazia mais, como acrescenta um dos administradores, Silvino Sá: «Tínhamos nove funcionários que retiravam à mão os medicamentos dos blisters, o que nos permitia aumentar a quantidade de plástico e metal reciclado». A mesma tecnologia também não constitui novidade para a Recipor, uma empresa de Vila Nova de Gaia do sector da recuperação e valorização de resíduos. Um dos seus sócios gentes, José Guimarães, diz que «a Recipor usa-a nos resíduos farmacêuticos pós-industriais [são resíduos produzidos pela indústria, não contêm medicamentos, e, por qualquer motivo, não chegaram a ser introduzidos no mercado; os que se recolhem nas farmácias designam-se resíduos pós-consumo, gerados pelos consumidores], e dessa forma conseguimos separar os materiais, reciclá-los e colocá-los novamente no circuito industrial».

O volume dos resíduos que vão para a reciclagem depois de triados está longe do satisfatório, tendo em conta as metas que a Valormed é obrigada a cumprir no âmbito da sua licença - até 31 de Dezembro de 2011, deverá valorizar no mínimo sessenta por cento do que é colocado no mercado. Trocado por miúdos, quer dizer que este ano terá de enviar para reciclagem 4435 toneladas de resíduos de embalagens, das quais 1837 t de papel/cartão (de um total de 2.419 t) , 365 t de plásticos (de um total de 1.613 t), 1934 t de vidro (de um total de 2.580 t), 121 t de metais (de um total de 242 t) e 181 t de compósitos (de um total de 1.209).

Também no domínio da recolha, a Valormed poderia «duplicar» a quantidade de resíduos recolhidos nas farmácias se «todas as pessoas colaborassem». A este pode somar-se outro factor - a recusa da Valormed em alargar o sistema de recolha às parafarmácias, que neste momento já constituem um número considerável. Nos 922 locais de venda livre de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM), não existem contentores para deposição de resíduos de medicamento, o que contraria o estipulado na Licença. O director-geral da Valormed escuda-se no facto de as parafarmácias não lhe pagarem a ecotaxa, pelo que «a Valormed não se sente obrigada colocar nesses locais contentores e recolhê-los». Além de que, acrescenta José Carapeto, a «quantidade de medicamentos vendidos nas parafarmácias é residual, vendendo mais produtos de dermocosmética». De acordo com a análise de distribuição de mercado feita pelo Infarmed, «os analgésicos e antipiréticos registaram o maior número de vendas [nas parafarmácias], tanto em volume como em valor, com uma representação de 28 por cento do total das unidades vendidas»; «o paracetamol foi a substância activa mais vendida em embalagens, representando cerca de 12 por cento do total de unidades vendidas». Assim sendo, não parece dispiciendo o volume de resíduos de embalagens de medicamentos que poderiam ser recolhidos nas parafarmácias. Se o objectivo é recolher mais embalagens para reciclar mais, destruindo pela queima os medicamentos, não faria sentido considerar como parte do sistema todos os locais de venda de fármacos, sujeitos ou não a receita médica?

Não deite os medicamentos no lixo

. A fonte mais directa e importante de introdução de resíduos de medicamentos no ambiente aquático é através dos efluentes provenientes das ETAR (Estações de Tratamento de Águas Residuais).

. Outra forma de introdução de resíduos de medicamentos no ambiente é através da deposição destes em aterros sanitários. Segundo a OCDE, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, na generalidade, quase setenta por cento dos resíduos urbanos (RU) são colocados em aterro; em Portugal, 63 por cento foram para aterros em 2009.

. Estudos revelam que as águas lixiviantes produzidas nos aterros apresentam compostos de substâncias farmacêuticas na sua composição.

. Investigações recentes confirmam que a maioria dos tratamentos efectuados em ETAR é incapaz de remover estes compostos, sendo por isso transferidos para os meios receptores hídricos ou para o solo.

. A deposição destes resíduos e respectivas embalagens nos sistemas de recolha de RU ou nos sistemas de drenagem de águas residuais domésticas poderá representar um grave problema com impactos relevantes no ambiente e na saúde pública. Diversos estudos demonstram os potenciais efeitos negativos de resíduos de medicamentos em seres humanos e animais.

. Nem todos os resíduos de medicamentos têm carácter persistente no ambiente, no entanto, a sua introdução contínua, em particular no meio aquático, ainda que em doses pequenas, toma este carácter, pois permite perpetuar a sua existência ao longo de todo o ciclo de vida dos organismos.

. Apenas trinta países, entre os quais Portugal, desenvolveram programas de recolha selectiva de resíduos de medicamentos e suas embalagens.

Árvores para o Parque do Alvão

Este ano, a pretexto da comemoração do Ano Internacional das Florestas, o apelo da campanha da Valormed reverte a favor da reflorestação do Parque Natural do Alvão, paredes meias com a serra do Marão. A Quercus juntou-se a esta iniciativa que pretende restabelecer e melhorar o coberto vegetal do Alvão, através da plantação de 2250 árvores e arbustos autóctones numa área de sete hectares. A intervenção não se esgota nesta acção. Paulo Lucas, da Quercus, realça o «apoio à regeneração natural» e o «cuidar das 5250 árvores e arbustos já existentes», o que no caso particular das áreas de montanha é relevante, uma vez que têm sido fortemente assoladas por fogos nos últimos anos».

Quem faz o sistema

Os resíduos de medicamentos e respectivas embalagens são um tipo de lixo com algumas especificidades, o que por si só justificou a criação, há 11 anos, da Valormed. Esta Sociedade é a única responsável pela gestão do chamado SIGREM, Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens e Medicamentos, e tem como sócios a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA), a Associação Nacional de Farmácias (ANF), e as Associações de Empresas Distribuidoras de Medicamentos (Groquifar e Fecofara). Desde Janeiro deste ano, a triagem e a separação dos resíduos que a Valormed recolhe nas 2816 farmácias aderentes ao sistema (todas associadas da ANF, nenhuma é da APF, Associação Portuguesa de Farmácias) é feita pela Ambimed; antes, em 2009 e 2010, esse serviço era assegurado pela Prolixo. A mudança de operador, diz a Valormed, «deveu-se à diminuição dos índices de material reciclado em 2010 e que foi percepcionada em meados desse ano».

O que deve e não deve entregar na farmácia

ENTREGAR:

. Caixas de medicamentos

. Bulas

. Frascos (vazios ou com restos de medicamento)

. Colheres e copos (de xarope, por exemplo)

. Blisters (vazios ou com comprimidos e cápsulas)

NÃO ENTREGAR:

. Seringas

. Agulhas

. Material com sangue (exemplo: tiras da diabetes)

. Medidores de glicemia

Nota: estes resíduos devem ser entregues nos centros de saúde

E depois da farmácia?

Os medicamentos fora de uso e respectivas embalagens entregues nas farmácias são transportados para uma central de triagem e separação de resíduos em torres Vedras (Ambimed) e, depois de separados, seguem um de dois caminhos: ou são reciclados, dando origem a novos objectos, ou são queimados. Para a reciclagem vão as caixas de cartão, as bulas, o plástico (colheres e copos de xarope, por exemplo) e os frascos vazios. Para a incineração seguem todos os resíduos que, por falta de tecnologia na Ambimed que permita fazer a separação automática dos comprimidos do blister e do plástico da folha de alumínio, não podem ser reciclados - é o caso dos blisters vazios que contenham esses materiais (alumínio e plástico), os blisters ainda com comprimidos ou cápsulas e os frascos com restos de medicamento. A destruição dos fármacos do chamado grupo IV (de que constam o Xanax, o Valium, a morfina e outros do tipo citotóxicos, estupefacientes e psicotrópicos, é feita em incineradores hospitalares.

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